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Malafaia rebate matéria sobre sobrinho gay: ‘Nem sei quem é’

Pastor disse que foi acusado por causa de sobrenome e criticou grande mídia

Camille Dornelles e Virgínia Martin - 02/03/2020 13h59 | atualizado em 02/03/2020 16h26

Pastor Silas Malafaia: “Na minha opinião, a mídia não pode estar comprometida com lados” Foto: Pleno.News

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) falou ao Pleno.News sobre perseguições da mídia e outros temas polêmicos. Ele afirmou que foi alvo de mentiras na última semana, já que ele sempre afirma ser contra o carnaval. O jornal Extra havia publicado, na Quarta-Feira de Cinzas (26), uma matéria sobre o modelo Rodrigo Westermann Malafaia, que seria seu sobrinho-neto.

O pastor afirmou que “nem sabe quem é” e que foi alvo de ataques por combater a prática homossexual. Confira a entrevista especial ao PlenoNews na íntegra abaixo.

De tempos em tempos, surge uma polêmica em que um grupo tenta denegrir a imagem de Deus. O senhor tem sido um defensor da fé cristã. Mas existe um grupo que diz que Deus não precisa de defesa, porque os ataques ao cristianismo sempre existiram. O que o senhor pensa sobre isso?
Depende do assunto, do que é, para que eu possa me posicionar. Porque, muitas vezes, eu me posicionar é “trazer cartaz” para essa turma. Muitas vezes, o meu silêncio, e eu faço isso muitas vezes, é um menosprezo para o assunto. Eu faço um cálculo sobre que influência tal tema trará para nosso meio, como uma espécie de proteção para nosso povo. Para aqueles garotos do Porta dos Fundos (sobre o filme polêmico Especial de Natal: A Primeira Tentação de Cristo), por exemplo, eu falei para eles: “Eu não vim defender Jesus. Ele sabe se defender. Eu vim aqui falar sobre princípios constitucionais”. É um jogo midiático e de dinheiro. Quando é uma coisa muito séria e com questões teológicas fundamentais, aí eu me posiciono.

Sobre carnaval, temos outra polêmica. Há os que rejeitam ações de evangelismo entre os foliões e há os que afirmam que há resultados concretos e de longo prazo neste tipo de evangelismo. O que pensa?
Quem fala está sentado numa cadeira fazendo criticismo, sabe? Não tem a experiência, o conhecimento e só sabe falar. São “achólogos” ou pessoas que, lamentavelmente, estão baseadas num legalismo, num falso puritanismo. Porque, quando Jesus diz que nossa luz tem que resplandecer diante dos homens, pensamos: o que é resplandecer no meio dos homens em uma sociedade corrompida e perversa? É dentro da igreja? É lá onde estão os párias da sociedade, os drogados, as prostitutas? É no carnaval. Neste último, por exemplo, 1.440 pessoas aceitaram a Cristo em quatro dias de trabalho. O que nós fazemos? Bateria de quase 100 componentes da igreja treinada por um profissional – para ninguém fazer feio – e com um povo de apoio evangelizando. Nada demais. O apóstolo Paulo disse “fiz-me tudo para todos a fim de ganhar alguns”. Eu não sei que Bíblia esse povo lê, sinceramente.

Por que o senhor costuma chamar os discordantes de fariseus?
Eu chamo de vez em quando. Porque os fariseus era o grupo que Jesus mais combateu, eram os religiosos. Porque Jesus não suportava o religioso porque ele tinha um padrão de normas que aprendeu e que achava que aquilo fazia ele chegar mais perto de Deus. E por isso eu digo “fariseu”. Falam dos outros, criticam os outros, comentam a vida cristã dos outros, como se eles fossem os perfeitos. Então, eu não deixo passar. Largo-lhes o aço.

Pastor Silas Malafaia fala sobre polêmicas Foto: Pleno.News

E o senhor tem sido uma voz profética para muitos da comunidade evangélica. O que diz sobre essa responsabilidade?
Eu aprendi muito cedo que profeta não anda no trono, mas no calabouço. Um amigo meu chegou e perguntou como eu aguentava esse povo me xingando, me arregaçando, fazendo um monte de crítica. Eu dou risada porque Deus me estruturou para isso. Desde que levantou meu ministério há 37 anos que eu tenho uma posição de defesa de fé, de voz profética. Eu sei que Deus me chamou para isso. Então, eu fico rindo porque as pessoas acham que vão me atingir e que, se a maioria estiver contra mim, eu vou me recolher. Eu fui talhado para esse negócio. Eu não me importo com crítico nem se a maioria está contra mim. Tenho convicções sobre o que faço.

Por muitas vezes, o senhor tem criticado alguns veículos de comunicação e apontado a mídia como “medíocre e esquerdopata”. Como acha que deveria ser o comportamento da grande mídia?
Acho que a mídia não percebeu que eles perderam o monopólio da informação. Acabou. Antigamente, se comia na mão dos jornais, seja televisivo ou impresso. Hoje há as redes sociais. Qual é a mídia que tem valor? Aquela que simplesmente dá a notícia e deixa o povo julgar, sem induzir. A mídia induz contra A ou contra B. Vou pegar aqui dois casos. O primeiro do senador Cid Gomes, que pegou um trator e partiu para cima de policiais. Saiu em que jornal? Agora, se esse senador fosse de direita, nós teríamos uma semana da mídia metendo o pau, chamando de “ditador” e “reacionário”. Na minha opinião, a mídia não pode estar comprometida com lados. Ela tem que dizer coisa boa da esquerda e coisa boa da direita, coisa ruim da esquerda e coisa ruim da direita. A formação universitária desses jornalistas que estão aí é de uma vertente de esquerda.

Eu não me importo com crítico nem se a maioria está contra mim. Tenho convicções sobre o que faço

Fale sobre o caso da matéria no jornal Extra?
No carnaval, na página do jornal Extra, estava uma matéria sobre um “sobrinho-neto de Malafaia sambando com o namorado no carnaval”. Sobrinho-neto? Era um famoso anônimo com o nome de Malafaia que eles quiseram promover em cima de mim. Eu nem sei quem é esse cara! Mas aí eles pensam que, como eu combato a prática homossexual, vão tentar me desmoralizar. O cara nem é meu parente. E, independente de qualquer coisa, eu não sou responsável pelos membros da minha família se são hétero ou homossexuais. Esse é o nível da nossa mídia! Tem lado, tem tendência de esquerda e não é isenta. Não sabe dar uma notícia e deixar o povo julgar.

Reportagem do jornal Extra fala de sobrinho-neto de Malafaia Foto: Reprodução

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