Malafaia defende pastores e critica Globo: ‘Odeia evangélicos’
Líder da ADVEC afirmou que os pastores estão protegidos pela Constituição por seus atos
Paulo Moura - 22/05/2022 09h32 | atualizado em 23/05/2022 10h24
O pastor Silas Malafaia publicou um vídeo neste sábado (21), em suas redes sociais, em defesa dos pastores Jeter Josepetti, acusado de homofobia por não ter batizado um homossexual, e Felippe Valadão, acusado de intolerância religiosa por ter reagido a despachos que foram postos diante do palco onde ele fazia um culto.
Ao falar do caso do pastor Jeter, da Igreja Presbiteriana Renovada de Aracaju, Sergipe, Malafaia destacou que o líder religioso está protegido pelo inciso VIII, do artigo 5°, da Constituição Federal, que estabelece que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”.
– Se você quiser entrar em um partido político, em um clube ou em qualquer religião tem um estatuto. Se você não estiver de acordo com o que o estatuto diz, você não pode fazer parte, não pode ser membro. As igrejas evangélicas têm como base a palavra de Deus e nós não batizamos quem vive na prática da prostituição, do adultério e do homossexualismo – disse Malafaia.
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Já no caso de Felippe Valadão, da Igreja Lagoinha de Niterói, no Rio de Janeiro, Malafaia criticou a Rede Globo por, segundo ele, fazer um jornalismo “bandido, parcial e que não quer saber da verdade” ao acusar Valadão de intolerância religiosa. Para Malafaia, o pastor da Lagoinha está protegido pelo inciso VI, do artigo 5°, da Constituição.
– Religiões afros colocaram despachos na frente do palco, isso é intolerância religiosa. O que o Felippe Valadão fez foi uma reação da sua indignação. E eu perguntei a ele: “A Globo foi te entrevistar?”. Não, a Globo não entrevista nada, ela odeia os evangélicos e tem o jornalismo mais bandido deste país – completou.
SOBRE OS CASOS
O fotógrafo João Pedro Pedroso acusou a Igreja Presbiteriana Renovada de Aracaju de ter praticado homofobia contra ele por tê-lo impedido de se batizar no último domingo (15). Ao portal G1, João Pedro Pedroso afirmou que a justificativa apresentada pelo pastor da igreja seria de que ele não poderia ser batizado por ser homossexual.
Sobre o ocorrido, a Igreja Presbiteriana Renovada de Aracaju (IPRA) informou que um candidato ao batismo que não estiver apto a ser batizado, de acordo com as normas da igreja, não pode participar do ato batismal.
Já o caso relacionado ao pastor Felippe Valadão, da Igreja Lagoinha de Niterói, aconteceu durante um evento em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, na última quinta-feira (19). Na ocasião, ele reagiu a despachos que foram postos diante do altar. Desde então, o pastor se tornou alvo de críticas de veículos de imprensa.
– De ontem [18] para hoje [19] tinha quatro despachos aqui na frente do palco. Avisa aí para esses endemoniados de Itaboraí: O tempo da bagunça espiritual acabou, meu filho. A Igreja está na rua! A Igreja está de pé! E ainda digo mais: Prepara para ver muito centro de umbanda sendo fechado na cidade! – disse ele, no evento.
Após ser acusado de intolerância, o pastor Felippe Valadão usou as redes sociais para dizer que ele não é o que os jornais ou as mídias estão falando a seu respeito. Ele convidou as pessoas que têm acessado o seu Instagram para criticá-lo a irem até a sua igreja, a Lagoinha de Niterói, e o conhecerem “de coração aberto”.
– Você que acha que eu sou isso aí que o jornal fala ou as mídias estão falando né? Normal; o papel deles [da mídia] é esse mesmo, eles têm que vender matéria, eles têm que gerar engajamento, é isso aí, eles estão no papel deles. Então, você quer saber quem sou eu? Quer saber o que as pessoas que me seguem pensam a meu respeito? Vem na Lagoinha Niterói – convidou.
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