Ana Luiza Menezes - 20/06/2018 20h06 | atualizado em 20/06/2018 20h31

O reverendo Al Sharpton e uma coalizão de líderes sociais anunciaram na terça-feira (19) informaram que planejam visitar crianças imigrantes que foram separadas de suas famílias na fronteira sul dos Estados Unidos.

Em uma coletiva de imprensa no Capitólio, Sharpton acusou as autoridades norte-americanas de aplicar um padrão diferente para as crianças por causa da cor delas.

– Aqui está uma política diferente e isso é ser agressivo com o futuro desses pequenos – disse Sharpton.

Segundo ele, se o Congresso não fizer algo em breve, o clero e grupos humanitários farão ondas de visitas para ver as crianças na fronteira do Texas a partir de quinta-feira (21) para mostrar ao mundo que os Estados Unidos não perderam sua consciência e alma.

Ele é um ministro batista norte-americano, ativista dos direitos civis e radialista.

A porta-voz de Sharpton, Rachel Noerdlinger, disse que eles ainda estão preparando a logística para ir até os imigrantes.

Sharpton falou à imprensa em um momento em que há uma atmosfera de indignação nacional em relação à estratégia de tolerância zero em relação àqueles que cruzam a fronteira do país sem autorização, o que resultou na separação de crianças de seus pais.

Nos últimos dias, a imprensa transmitiu áudio e imagens de crianças chorando em centros de detenção na fronteira.

– Eu não consigo tirar da cabeça os gritos dessas crianças, porque elas foram separadas de suas mães e pais – disse Vanita Gupta, presidente da Conferência de Liderança sobre Direitos Humanos e Direitos Civis.

Em um discurso na terça-feira (19) durante a celebração do 75º aniversário da Federação Nacional de Empresas Independentes, Trump defendeu sua política. Embora a separação das famílias deva parar na opinião de muitos, ele assegurou que deve proteger sua nação.

– Não podemos permitir que as pessoas entrem desimpedidas. Seja politicamente correto ou não, nosso país precisa de segurança – disse Trump na ocasião.

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