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Líder da Cia de Artes Nissi fala sobre seu caminho de sucesso

Sob sua liderança, o grupo criou um novo conceito de teatro cristão

Ana Luiza Menezes - 14/11/2018 18h30 | atualizado em 14/11/2018 19h00

Caique Oliveira, líder da Cia de Artes Nissi, tem inovado o meio gospel no que diz respeito à forma de evangelizar pessoas. Ele é ator e também diretor-geral do grupo, que usa o teatro para retratar o amor e a Palavra de Deus.

Em conversa com o Pleno.News, Caique falou sobre o início de seu projeto visionário que tem percorrido o Brasil e o mundo. Ele também comentou as barreiras que seu sonho precisou romper para alcançar o reconhecimento.

Quando a companhia começou?
O início foi de uma forma muito engraçada. Eu fui fazer um curso de teatro fora, me converti e não sabia se podia continua com o teatro. Eu pensava que teria que abandonar a arte. Até que vi uma encenação na igreja e soube poderia. Fui fazer um curso e falar sobre uma peça da minha igreja para um ator, o Jair Milimiu. Dei um VHS, ele perguntou o que era e questionou se era “de crente”. Eu falei que era algo que trazia um conteúdo social, mas ele avisou que se era “coisa de crente” não iria assistir porque “crente só faz porcaria”. Aquilo, há 18 anos, foi um choque e serviu como um desafio para mim.

Como seguir depois disso?
A partir dali comecei com a ideia de profissionalizar o meu grupo. Quis trazer profissionais para formar uma equipe de teatro e fazer tudo com excelência para Deus. Então, a gente começou o ministério há 18 anos com a peça Jardim do Inimigo. Fomos apresentando nas igrejas e Deus foi abrindo as portas. No início era um choque para as pessoas. Imagina? Mostrar o diabo… o povo falava “está amarrado em nome de Jesus!”. Mas o Senhor continuou abrindo portas e graças a Ele chegamos até aqui.

Quantos integrantes a companhia tem atualmente?
Hoje, somos 120 pessoas.

São todos evangélicos?
Sim, somos todos cristãos, cada um de uma igreja. Tem gente da Batista, Quadrangular, todas. Os pastores abençoam a ida deles para a nossa base e a gente espalha a equipe pelo mundo.

E onde é a base da equipe?
Em Ibiúna, no interior de São Paulo.

Já foram quantos DVDs?
Cerca de 12 DVDs das peças. Tem também o do nosso primeiro longa-metragem, Metanoia. Ele conta a história de um dependente de crack em São Paulo. O elenco teve atores como Caio Blat, Solange Couto, Lucas Hornos, Silvio Guindane e Thogun Teixeira.

Você pode falar mais desse preconceito do início?
Houve muito e a maior parte veio da Igreja. Uma vez um pastor chamou a gente e disse: “Olha, isso está errado, vocês não podem pregar desse jeito, vestidos desse jeito. Vocês têm que usar a Bíblia para pregar e não usar o teatro porque isso não é de Deus”. Na minha família também, meus avós presbíteros da igreja Deus é Amor diziam que isso não era permitido. Até que uma vez, nós fomos à igreja deles, vidas foram salvas e eles entenderam. Mas foi bem difícil no começo para a igreja entender que o trabalho era uma ferramenta.

E atualmente como é a resposta do público?
Hoje já nos sentimos tios do teatro cristão. Muitos jovens remontam as peças, as maquiagens e seguem a mesma linha. Posso dizer que 90% das igrejas hoje entenderam que a Cia Nissi é uma ferramenta de evangelismo. Então, as portas se abrem e é muito legal de ver. No passado, a gente pagou um preço, mas hoje é gratificante.

E qual a sensação de ser exemplo, de inspirar uma geração por meio do teatro?
É muito bom. Alguém realmente tem que começar a fazer alguma coisa. Aos pouquinhos percebemos que abrimos um caminho e agora outras pessoas veem e muitas vidas têm sido salvas. Isso para nós é uma bênção.

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