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Kleber Lucas recebe apoio de amigos após polêmica

O cantor participou de um ato inter-religioso na última semana

Natalia Lopes - 29/11/2017 16h08 | atualizado em 30/11/2017 10h55

Há uma semana, Kleber Lucas participou de um ato inter-religioso a convite de Ivanir dos Santos. O babalawô é interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e busca chamar atenção para a falta de respeito sofrida pelas religiões de matrizes africanas.

– Fizemos um café da manhã para mostrar a nossa aposta no diálogo e tive a ideia de chamar o Kleber Lucas. Ele foi, levou um teclado e cantou Maria, Maria; uma música que não é do candomblé e nem gospel.

No encontro aconteceu a doação de R$ 12 mil arrecadados por evangélicos para um terreiro de candomblé incendiado há três anos, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Kleber Lucas, pastor da Igreja Batista Soul, participou ao lado de líderes de outras religiões e cantou Milton Nascimento com os demais participantes.

– Minha decisão se baseou na causa. Um espaço considerado sagrado para um segmento foi violado pela violência, fruto da intolerância religiosa. A atitude de alguns líderes de outra confessionalidade no sentido solidário é a melhor resposta a esse ambiente de ódio e intolerância que está varrendo nosso país num momento que precisamos estar mais unidos – falou em entrevista ao Curta Mais News.

O cantor tem recebido o apoio de admiradores e amigos, como o reverendo Caio Fábio.

– Meu Deus! Era onde Jesus também iria. As pessoas não têm ideia do que os lugares que Jesus ia significavam na cabeça dos crentelhos que o perseguiam… Eu já preguei em tudo que é lugar… de terreiros e centros espíritas a inúmeras igrejas católicas. Até entre evangélicos eu me profanei pelo Evangelho! – postou no Instagram.

O próprio Ivanir, que levantou a possibilidade de ter Kleber no evento, comentou a polêmica.

– Acho muito triste o que está acontecendo, a incompreensão dos intolerantes e dos preconceituosos que demonizam as religiões de matrizes africanas. Algumas falsas lideranças religiosas que perseguem a religião e consequentemente o Kleber Lucas. Mas também existe a onda de solidariedade, que é maior – avaliou.

Aos 49 anos, Kleber já sofreu diversos tipos de preconceito. E mesmo com 25 anos de uma carreira consolidada, isso ainda acontece.

– Infelizmente algumas pessoas ainda pensam que Deus é uma exclusividade delas, eu não acredito nisso. Eu acredito numa fé que comunica com outras confessionalidades. Eu prego isso, eu vivo isso, eu estou pela justiça. Precisamos aprender que cada ser humano é um, que o Pai é nosso, e que o Pai tem muitos filhos diferentes, com pecados diferentes e que não podemos julgar nosso irmão por seu pecado ser diferente do meu – afirmou.

* Atualizada em 30/11 às 10h50

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