Jade Nunes - 28/07/2018 14h03 | atualizado em 28/07/2018 16h25

O cantor e pastor Kleber Lucas foi o entrevistado das páginas amarelas da revista Veja, neste fim de semana.

Durante a entrevista, o pastor falou sobre o episódio em que ajudou um centro de candomblé a se reerguer após ataques de intolerantes e também disse que tem sofrido boicotes.

– Eu topei (ajudar o centro de candomblé), pois creio que a Palavra e o amor de Cristo valem para todos os seres humanos, sejam eles evangélicos, católicos, ou adeptos de religiões africanas. Diante da injustiça que foi feita naquele centro religioso, é claro que eu só podia dizer sim – explicou o músico.

Kleber Lucas ainda conta que depois disso foi atacado nas redes sociais por ter ido a um lugar de culto africano e cantado uma música que não é gospel (na ocasião ele cantou Maria Maria, de Milton Nascimento).

O cantor disse acreditar, no entanto, que apenas uma minoria dos evangélicos é intolerante.

– Quem prega o ódio é a minoria. Muitos evangélicos têm a tolerância dentro de si, mas não têm coragem de assumir publicamente. Porque botar a cara para fora tem implicações – declarou.

Durante a entrevista, Kleber Lucas também foi questionado sobre a amizade que mantém com o padre Fábio de Melo.

– Nós nos unimos na campanha pela reconstrução do centro de candomblé, e também o recebi para um culto em minha igreja – contou o pastor.

Na reta final, Kleber Lucas ainda disse que já foi criticado por ser um pastor e estar em seu terceiro casamento.

– Sou um pastor que está no terceiro casamento. É uma coisa imprópria, que gera muita interdição no mundo evangélico. Fazem comentários ácidos. Esse é o meu pecado talvez. Mas é a minha história, e não posso ser visto como um pária por isso.

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