Leia também:
X Corinthians não fará troca de Cássio por Luan, diz diretor

Jogador adventista diz que sofreu preconceito por sua fé

Vitor jogava para o Londrina, mas saiu do clube após conflitos com crença

Camille Dornelles - 28/11/2019 15h17 | atualizado em 28/11/2019 15h18

Vitor, ex-goleiro do Londrina Foto: Arquivo pessoal

O goleiro Vitor, ex-Londrina, deu um depoimento de fé para o portal UOL, publicado nesta quinta-feira (28). Na entrevista, o atleta falou sobre sua demissão do clube e afirmou que foi vítima de intolerância religiosa.

Ele é cristão, membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, e se negava a jogar e treinar aos sábados.

– Eu era titular, vivia um momento mágico na carreira e de repente fui para o banco. A mensagem ficou clara. Depois, conversei com o presidente, e ele me chamou de maluco, lembrou que eu vivia indo à sala dele pedir para aumentar meu salário e agora que as coisas estavam bem eu mudei tudo por causa de religião. Eu coloquei no papel quando saiu a tabela dos campeonatos. Metade dos jogos do Londrina na Série B seria sexta à noite ou sábado à tarde, que eu não jogaria. A outra metade, às terças-feiras, eu poderia jogar – explicou.

Vitor afirmou que sugeriu um revezamento entre dois goleiros titulares, mas que não foi aceito. Na entrevista, o atleta defendeu sua crença na guarda do sábado e revelou que já foi de outra religião.

– Eu era católico, mas lia muito, pesquisava tudo. No catolicismo, aprendi que deveria guardar o domingo, ir à igreja no domingo, mas quando fui para a Bíblia, ela não diz isso. Então o que eu ouvia da minha avó, da escola e até da igreja que eu frequentava não se confirmou quando comecei a estudar a Bíblia. Sempre tinha umas práticas que não condiziam. Então eu decidi seguir – contou.

Por fim, o jogador relembra com tristeza dos dois anos que ficou sem jogar por falta de oportunidades.

– Eu tiro uma conclusão de toda a minha história: se houvesse liberdade religiosa no Brasil eu não teria ficado dois anos longe do futebol. A gente diz que é um país livre, mas existe muito preconceito com muçulmanos, com religiões de matrizes africanas, com evangélicos. Há preconceito com todos – declarou.

Leia também1 Intolerância religiosa: Ex-BBB tem inquérito arquivado
2 Professor da UFF revolta ao pedir a morte dos evangélicos
3 Público tenta boicotar cantora após post sobre canonização

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.