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Irmãs de oração dobram joelhos e vivem na batalha espiritual

Idosas compõem uma das mais importantes colunas espirituais da igreja evangélica

Juliano Medeiros - 31/03/2022 12h09 | atualizado em 31/03/2022 17h30

Na igreja, há um grupo de mulheres sempre disposto a orar em qualquer hora, qualquer momento, qualquer lugar. Elas dobram o joelho, profetizam, ministram a cura. Na quarta reportagem da nossa série especial, apresentaremos algumas irmãs do fogo, que compõem uma das mais importantes colunas espirituais da igreja evangélica.

Em Porto Seguro, na Bahia, mora a irmã Ana Cristina Alves. É certo encontrá-la quase todos os dias em oração no templo da Assembleia de Deus. Nascida em berço evangélico, ela diz que orar não é fácil, mas que sente o coração cheio de alegria todas as vezes que testemunha milagres na vida das pessoas por quem intercede. São mais de 50 anos nessa batalha espiritual.

– Pra mim, orar é batalha. Orar é guerra. Orar é combate. Oração, pra mim, é estar num campo minado, onde também você não vê o inimigo. A gente sabe que se orar fosse tão fácil, as igrejas estariam super lotadas, quando falamos no culto de oração.

Irmã Ana Cristina Foto: Arquivo pessoal

A irmã Ana Cristina conta que chega a passar cinco horas de joelho para obter vitórias e respostas.

– Só a oração que pode mudar o quadro de uma história. Só a oração que pode nos levar a ver o invisível e viver o impossível.

Já no interior do Rio de Janeiro, uma senhora de 85 anos, é uma autoridade quando se fala em oração. Sabe aquelas mulheres cativantes, do coque, com a Bíblia debaixo do braço, vestido de saia longa, mangas três quartos e sapato baixinho? Assim é a irmã Ézila Mota, que mora na cidade de São Pedro da Aldeia.

Dona Ézinha, como é chamada, é uma intercessora poderosa, com milhares de testemunhos de cura e libertação de pessoas possessas, ao longo dos 60 anos de oração e consagração.

– Eu fui chamada numa madrugada em que eu estava orando. Eu via assim, por revelação, que eu tocava, via pessoas enfermas, eu tocando, e via na hora a enfermidade curada. Todas as revelações que eu tive foram confirmadas até hoje.

Ézila Mota Foto: Arquivo pessoal

Nesse tempo em que a fé parece esfriar, como a Bíblia descreve que acontecerá, ela afirma que os cristãos precisam levar mais a sério esse momento com Deus.

– Eu quero dizer que sem oração a gente não vence. Nós temos que invocar enquanto há tempo, porque já está sendo escasseado os momentos de oração. Mas nós temos que ficar firmes na fé. Salvação não é herança. Salvação é cultivar, é cuidar, é permanecer.

Agora, para a pastora Suely Bezerra uma das maneiras mais poderosas de se amar alguém é orando por ela. Foi isso que a pastora aprendeu das lições deixadas pela mãe, avó e bisavó. Das experiências profundas de oração, ela fundou em São Paulo o Ministério Mulheres Intercessoras. Um projeto que tem levantado grupos de oração e impactado vidas no Brasil e no exterior.

– Começamos orando pela nação, família, igrejas. Os grupos foram crescendo e aí começamos a fazer encontros. Foram muitos testemunhos de cura, de libertação, de salvação, de transformação de vidas.

Pastora Suely Bezerra Foto: Arquivo pessoal

Para a pastora Suely, o poder da oração guarda um segredo.

– Os dois pilares que realmente seguram uma pessoa na vida cristã é a oração e a palavra. A oração é a alavanca que move o braço de Deus. “Orai sem cessar”, diz a palavra. Por meio da oração nós clamamos, ficamos esperando a resposta e vamos descobrir que têm coisas muito grandes, que não sabíamos, e que Deus responde além das nossas orações.

Esse agir sobrenatural por meio das orações é presente na vida da irmã Ana Claudia Lopes, da Assembleia de Deus da Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Há quase 19 anos, ela se converteu, após um período sombrio na prostituição e no vício do cigarro e das bebidas. Hoje, como diaconisa, tem um grupo de oração com adolescentes na comunidade da Formiga. Ela aproveita o tempo para ensinar a palavra e plantar no coração das jovens a importância do jejum e da entrega ao Senhor.

Ana Claudia Lopes Foto: Arquivo pessoal

– Nenhuma era crente. E Deus libertou uma delas, já foi batizada pelo Espírito Santo. Outras duas, uma tá em processo ainda de libertação, que é a mais nova, que tem dois meses, que eu estou cuidando dela; e a outra, já tá também batizada pelo Espírito Santo. Elas eram tudo oprimida, elas não falavam com ninguém, elas “vivia” totalmente na escuridão. Não tinha expectativa de nada. Sinto, assim… privilegiada, porque Deus me escolheu para fazer essa obra.

E se você ainda se pergunta “por que eu deveria orar mais?”, a irmã Claudia pode ajudar na resposta:

– Eu peguei um tempo que a gente buscava a Deus em jejum e oração. Deus falava tremendamente. Quando a gente tem uma vida com Deus, a gente tem uma vida diferente.

Nesta sexta-feira, na quinta e última reportagem desta série, vamos conhecer histórias de Mulheres de Fé – Pastoras.

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