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Irã destrói sepultura de pastor executado por ser cristão

Reverendo foi morto em 1990 por deixar o islamismo e declarar crença em Jesus

Paulo Moura - 20/01/2020 13h52 | atualizado em 20/01/2020 13h56

Reverendo Hossein Soodmand, morto pelo Irã em dezembro de 1990 Foto: Reprodução

O túmulo do reverendo Hossein Soodmand, único pastor iraniano a ser condenado por deixar o islamismo e depois ser executado, foi encontrado completamente destruído no Irã. A informação foi confirmada pela associação Article 18, entidade que promove a liberdade religiosa no país persa.

Segundo o grupo, a profanação do túmulo foi descoberta pela família de Soodmand, em dezembro do ano passado, quando parentes foram visitar o local para homenagear o missionário, cuja execução pelo regime iraniano aconteceu em dezembro de 1990.

A sepultura do reverendo estava localizada à beira do cemitério Behesht-e Reza, em Mashhad, a segunda maior cidade do Irã. A família desconfia que o ato de destruir o túmulo partiu de uma ação de autoridades do país.

– Durante anos, tivemos que viajar para esse lugar remoto para visitar sua sepultura sem marcação, e não tivemos permissão para construir uma lápide com o nome dele. E agora eles querem remover completamente o único sinal dele que resta para nós – declarou a filha do pastor, Rashin Soodmand, que vive exilada na Europa.

O porta-voz da Article 18 também declarou que o ato, certamente, foi feito por autoridades locais.

– As autoridades iranianas certamente fizeram a ligação. Não sabemos exatamente quem, talvez o prefeito local, mas entendemos que eles estão expandindo o cemitério e vendendo lotes para famílias ricas que podem pagar por eles – disse.

A filha do pastor Soodmand ainda lamentou todo o processo pelo qual o pai passou, como o julgamento contrário à lei e o fato do Irã ter designado o lugar onde o cristão estava enterrado como “lugar amaldiçoado”.

– Nosso pai foi morto de forma cruel e contrária à lei. Eles o enterraram em um lugar que chamaram de la’anatabad [lugar amaldiçoado], sem nosso conhecimento, e nem sequer deram à nossa família a oportunidade de dizer adeus a ele ou ver seu corpo sem vida – disse Rashin.

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