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Igreja Nacional Evangélica do Kuwait é “Torre de Babel”

Entidade abriga 85 congregações com fiéis de todo o mundo

Jade Nunes - 05/11/2018 13h52

O reverendo Ammanuel Ghareeb, líder da Igreja Foto: EFE/Noufal Ibrahim

A Igreja Nacional Evangélica do Kuwait é uma verdadeira Torre de Babel que abriga 85 congregações com fiéis de todo o mundo que chegaram a este país do Golfo Pérsico para trabalhar na indústria do petróleo.

Para a pequena comunidade cristã do Kuwait, os números desse templo são motivo de orgulho.

– Temos 85 congregações de diferentes idiomas orando neste complexo. Cerca de 25 mil fiéis vêm aqui semanalmente. Temos serviços religiosos todos os dias e cultos das cinco da manhã às dez da noite – disse o pastor Emmanuel Gharib, líder da Igreja, à EPA, agência internacional da qual a Efe faz parte.

As celebrações – de igrejas ortodoxas, protestantes e da copta egípcia -, acontecem em diversos idiomas e é possível, por exemplo, assistir à pregação em árabe, tagalo, etíope e coreano, assim como em línguas faladas na Índia, como o urdu, a malaiala, a marata e a tâmil, enumerou Ghareeb, o primeiro kuwaitiano a liderar a Igreja Nacional.

Vestido com a roupa tradicional do país – uma túnica branca e um lenço -, Ghareeb brinca que os cristãos do Kuwait podem ser contados quase que nos dedos. De acordo com ele, dos 1,35 milhão de kuwaitianos, apenas 284 são cristãos, mas a comunidade chega a quase 850 mil se forem contatos os estrangeiros residentes.

Dos 284 cristãos kuwaitianos, 164 são católicos. Os outros 120 são membros assíduos da congregação evangélica.

Segundo Ghareeb, sua Igreja tem boas relações com o governo e não existem restrições, nem mesmo para importação de vinho – cujo consumo é proibido no país -, apesar de ele só usar suco de uva nas celebrações.

– Temos uma relação boa com o governo e liberdade religiosa por conta da sabedoria dos nossos líderes políticos – comentou.

Fruto disso, conforme contou, é a permissão para importar bíblias em várias línguas e também para fazer a distribuição delas entre cristãos que estão detidos.

As relações são igualmente fluentes com os líderes muçulmanos e de outras igrejas cristãs, que vão com frequência à “diwuaniya” da Igreja Nacional, como é conhecida à sala que no Kuwait se usa para receber convidados e que Ghareeb decorou com imagens de veleiros e versículos da Bíblia em árabe.

Apesar do clima amistoso, a lei do país não permite a um estrangeiro não muçulmano adquirir a cidadania. Ghareeb, que nasceu em uma família cristã da Turquia, chegou ao Kuwait em 1945 e decidiu se tornar pastor depois, quando estava na universidade.

– Tive uma experiência espiritual em 1981. Nasci de novo. Em 1986, recebi o chamado para servir ao Senhor e liderar seu rebanho. Eu trabalhava no Ministério do Petróleo e fui ao Egito para estudar teologia – lembrou o pastor presbiteriano.

Considerada a igreja mais antiga do Kuwait, o espaço foi construído por missionários americanos em 1931 e atualmente é um complexo de edifícios onde existe inclusive um hospital.

Com 15 mil metros quadrados, o local foi restaurado em 1967 pelo governo e desde então está cedido para as atividades da Igreja Nacional Evangélica do Kuwait.

*Com informações da Agência EFE

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