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Homem diz que deixou de ser mulher trans por causa da fé

Robert Diego de Paula chegou a passar por duas cirurgias de redesignação sexual

Ana Luiza Menezes - 28/10/2019 21h44 | atualizado em 29/10/2019 07h24

Homem diz que deixou de ser mulher trans por causa da fé Foto: Reprodução

O administrador Robert Diego de Paula, de 33 anos, decidiu voltar a ser homem apesar de ter sido submetido a duas cirurgias de redesignação sexual. Antes, ele tinha feito ainda a transição de gênero e alterado o nome social.

Entretanto, o jovem revelou que encontrou na Bíblia a direção para o que chama de “reorientação”. Em entrevista ao Universa, do portal UOL, Robert citou o livro de Gênesis e lamentou não poder mais procriar.

– A princípio, criou Deus os céus e a terra, e viu Deus que o mundo era bom. Perfeito. O homem, a partir da criação, tem de viver na sua função original. Precisa entender que foi feito para a alegria e a perpetuação da espécie. Quando digo ‘homem’, falo da espécie humana em geral. Individualmente, eu me privei da possibilidade de reproduzir, como tantas pessoas que o fazem por escolha própria. Isso não quer dizer que a função original mudou. Uma cadeira que tinha quatro pernas e, de tanto uso, perdeu uma, não perdeu sua finalidade original – declarou.

Em 2010, ele passou por um procedimento para mudar de sexo. Antes disso, quando tinha 15 anos, ele começou a usar peruca, vestido e salto alto. Robert contou que antes dessa decisão, já tinha ido à igreja.

– Eu frequentava a igreja (Batista) desde os 7 anos, mas ali eu abri mão. Era inconciliável – falou.

O administrador revelou ainda que não chegou a sofrer preconceito em sua família. A partir dos 16 anos, já com o nome de Sabrina, ele modelou o rosto, os seios e o corpo com silicone, e começou a se prostituir.

Aos 22 anos, o jovem decidiu dar entrada na papelada para trocar de nome oficialmente. Já a primeira cirurgia de redesignação sexual aconteceu em Bangcoc, na Tailândia, quando ele tinha 24 anos. Dois anos depois, uma nova operação foi realizada “por questões estéticas”, na Espanha.

Mas quando estava com 27 anos, às vésperas de se casar com um italiano, Robert desistiu.

– Deixei tudo aquilo para trás – disse.

Robert revelou ainda que, de repente, passou a não ver sentido nos planos que tinha na Europa. Além disso, ele começou a pensar em questões sobre eternidade e o que aconteceu no fim da vida.

Além de ter voltado a se vestir como homem, ele atualmente questiona o conceito de identidade de gênero.

– Qual a base científica disso? – questionou.

Para o administrador, a transgeneridade está glamourizada e banalizada.

– Hoje, uma pessoa que sequer tem uma aparência feminina diz: ‘Eu quero mudar de nome’. Vai ao cartório e passa a ser uma mulher na certidão. Então, a nossa luta [dos transexuais] de muitos anos pra transicionar, conquistar o direito de mudar de nome e de sexo foi banalizada. Isso é assustador! – disse.

Atualmente, ele participa dos cultos realizados na Primeira Igreja Batista de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Robert também conseguiu recuperar legalmente seu nome de batismo.

Perguntado se sente saudade do que viveu como mulher, ele disse que experimenta o “luto da homossexualidade”.

– Sabe quando uma pessoa morre, e você sente aquela saudade? Durante uma semana você chora muito; durante um mês você fica acabado, durante um ano ainda existe aquela dor. Mas então ela vai ficando cada vez mais longe, a saudade para de doer e tudo vira lembrança. Essa é a sensação de uma pessoa que foi reorientada. No começo doeu, mas depois ficou tão distante.

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