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Helena Tannure: ‘Polarização revela ditadura dos dois lados’

Pastora criticou o desrespeito entre eleitores e pediu orações pela paz no país

Camille Dornelles - 31/10/2018 15h01 | atualizado em 31/10/2018 17h38

A pastora Helena Tannure pede para que pessoas intensifiquem orações Foto: Paulo Tauil/Pleno.News

A pastora Helena Tannure declarou, nesta quarta-feira (31) ao Pleno.News, que vê com grande preocupação os casos de violência por opiniões partidárias no país. Ela afirmou que os eleitores “negociaram” seus valores cristãos em prol de preferências partidárias e prejudicaram a relação com outras pessoas.

– Essas eleições polarizaram nosso país e toda polarização é extremamente perigosa. Nós acabamos assumindo uma postura acrítica e nós, como evangélicos, negociamos fundamentos do Evangelho como a paz e o amor. O que, tristemente, revelou isso foi o nível de agressão e desrespeito nas redes sociais entre cristãos até, entre pessoas das mesmas famílias. E há uma discrepância porque, em defesa de valores cristãos, nós votamos em um candidato, mas negociamos outros valores: direito à diversidade, amor, graça, perdão. Coisas que são a base do Evangelho de Jesus Cristo. Nós colocamos nossas bandeiras políticas acima da bandeira do amor – declarou.

A pregadora destacou que o princípio do respeito deve ser retomado pelos eleitores.

– Eu posso fazer as minhas escolhas sem colocar a cabeça de ninguém embaixo do meu pé. Sem ir na rede social de ninguém causar o caos. As pessoas são livres para fazerem as suas escolhas e eu tenho que respeitar isso porque também quero ter a minha escolha de ir para a igreja e colocar a Bíblia no braço respeitada. E essa polarização revela uma ditadura de dois lados. Eu estou falando como nós passamos a nos tratar em nome da defesa dos nossos valores – afirmou.

Tannure afirmou que o momento agora, depois do fim das eleições, é de contínuas orações pela paz no país e reconciliação entre as pessoas.

– Nós precisamos continuar clamando, pedindo a Deus misericórdia e para dirigir o nosso novo presidente, fosse ele quem fosse. E para, mais do que nunca, levantar a igreja como solução, aquela que acolhe, que abraça e que traz esperança para as pessoas. Esse papel é da igreja, não é do governante – declarou.

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