Após perder 49 quilos, Helena Raquel fala sobre a nova vida
Pastora iniciou uma reeducação alimentar que mudou sua qualidade de vida
Ana Luiza Menezes - 25/01/2019 20h07 | atualizado em 27/01/2019 14h50
Nesta sexta-feira (25), a pastora Helena Raquel comemorou o aniversário de uma nova fase em sua vida. Há dois anos, ela tomou a iniciativa de ir ao consultório de uma endocrinologista para começar uma dieta.
Por causa da obesidade mórbida, Helena sentiu que precisava cuidar da saúde e necessitava de um tempo de mudança. Frustada com os tratamentos anteriores, ela se manteve firme e hoje, dois anos depois, já perdeu 49 quilos.
Em entrevista exclusiva ao Pleno.News, ela falou sobre seu processo de emagrecimento, que é acompanhado pela médica Denise Portugal, ex-colunista do nosso portal. A pastora também comentou o fato de ser inspiração para tantas mulheres que enxergam nela um caminho de vitória
Quando você viu que precisava mudar os hábitos para perder peso?
De alguma maneira, eu vi isso durante toda a minha vida. Mas o momento de maior conscientização foi quando os pequenos esforços começaram a parecer grandes coisas. O cansaço passou a tomar conta dos meus dias, especialmente após as ministrações.
Você tentou emagrecer antes e não conseguiu?
Tentei vários outros tratamento, mas desistia com o tempo, o grande problema era eu. Dessa vez, eu estava emocionalmente preparada para iniciar o tratamento e encontrei uma médica com uma proposta diferenciada. Fora isso, recebi uma palavra da Fernanda Brum, durante a Conferência Profetizando às Mulheres. Ela falou sobre a chegada desse novo tempo. Eu precisei dessa palavra para que Deus gerasse em mim decisão, ânimo e capacidade de começar. O evento é impactante e esse ano vou estar lá de novo.
Você se sentia frustrada por causa do peso?
Me senti tão frustrada que desisti. Eu assumi aquela posição de que “não emagreço, não consigo”. Eu não tinha coragem para fazer cirurgia bariátrica e não acreditava que conseguiria fazer um tratamento. Por essa razão, veio a frustração. Quando cheguei ao consultório meu grande vilão era a balança, olhar para ela me remetia a todos os fracassos que eu já tinha enfrentado nessa área.
Como foi todo o processo?
Eu estou em processo de reeducação alimentar há dois anos e ele é diário. A doutora Denise costuma dizer que cada dia é uma nova decisão. Mas o processo tem sido bem menos doloroso do que eu imaginava antes de começar.
O que você pensava?
Eu imaginava que não ia conseguir, que não ia suportar as tentações. Mas quando você se envolve com o processo de mudança e passa a ver os benefícios, descobre que não é tão difícil assim.
Quanto, de peso, você ainda quer perder?
Eu ainda tenho uma caminhada pela frente. Eu não penso, exatamente, em quantos quilos eu ainda tenho a perder. Penso que estou bem melhor do que estive, mas que não cheguei ainda aonde eu quero chegar.
Como está a vida agora?
Tudo mudou para melhor. O principal, o ponto mais alto, foi ganhar disposição física, eu vivia muito cansada. Também não posso negar que encontrar roupas com maior facilidade foi outra grande vantagem. Eu estava com dificuldade de encontrar, inclusive, em lojas especializadas em tamanhos maiores.
Você está gostando de praticar exercícios?
Até dois anos atrás, eu nunca havia entrado em uma academia. Eu só sabia o que tinha dentro de uma academia pelo que via na TV. Descobri que, para mim, fazer exercícios não é desagradável, mas uma fonte de alegria, de prazer pessoal. Só não me exercito mais devido à demanda ministerial.
Quais os hábitos que você gostou de mudar?
O que mais gostei foi inserir o exercício físico na minha vida. Além disso, coloquei o café no meu cardápio, na minha dieta diária. Eu passei 38 anos da minha vida achando que não gostava de café, só bebia por educação. Mas, hoje, faz parte da minha dieta e tem sido um estimulante natural.
Hoje você diz não a muitos alimentos?
Eu viajo exercendo o ministério, então as pessoas preparam o alimento para mim. Eu me sentia culpada em dizer: “não, eu não como isso”, parecia deselegante. Mas quando entrei no processo de reeducação, ganhei a facilidade com o não. Hoje eu sei que não estou ofendendo, apenas negando o abuso contra mim mesma.
Quais problemas de saúde você teve?
Eu não cheguei a desenvolver nenhuma patologia grave no tempo de obesidade mórbida. Ainda estou acima do peso, mas saí daquele quadro de maior calamidade. Um tempo depois de começar a reeducação descobri um cálculo na vesícula que causou uma pancreatite. Estive 11 dias no hospital, três deles na UTI. Fui curada da pancreatite e vi a mão de Deus por isso não ter acontecido antes. Ter feito a cirurgia com o peso de antes teria sido muito pior.
Qual é o seu grande desafio?
Eu creio que o desafio diário em todo processo é sustentar a minha decisão. Porque decidir emagrecer, procurar um especialista, uma dieta, me submeter a um tratamento, eu já fiz muitas vezes. É assim em todas as áreas da vida, é muito fácil ingressar na universidade do que concluir o curso.
Como é ser inspiração para outras mulheres?
Sempre foi muito bom, mas também uma grande responsabilidade. Agora, quando o assunto é reeducação alimentar, tem sido mais do que isso, tem sido uma grande motivação. As pessoas me dizem que começaram a mudar, a fazer exercícios físicos, que estão olhando para mim e me acompanhando no Instagram. A cada dia, eu me sinto mais motivada a permanecer nesse caminho.
Que dica deixaria para as mulheres?
Confie ao Senhor as tuas obras e os teus pensamentos serão estabelecidos. Comece com Deus. Quando a gente começa com Ele e Nele, tudo pode ser diferente do que foi um dia. Primeiro, a gente diz: “Deus, é com o Senhor”. E depois, a gente olha bem para o desafio e volta a acreditar na gente porque com Deus é possível.
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