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Ex-ministra diz que Lula distorce imagem dos brasileiros em Israel

Após visita a SP e RJ, Ayelet Shaked concluiu que grande parte dos brasileiros "ama Israel"

Thamirys Andrade - 28/05/2024 14h33 | atualizado em 28/05/2024 15h56

Ayelet Shaked Foto: Frame de vídeo / YouTube / Ayelet Shaked

Após visitar o Brasil nesta semana, a ex-ministra do Interior israelense, Ayelet Shaked, avaliou que o povo brasileiro não é hostil, mas sim amigável para com Israel; ao contrário do que muitos pensam em seu país. De acordo com ela, grande parte dos israelenses têm uma percepção errada sobre a postura dos brasileiros devido a distorções geradas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

– Em Israel, temos uma imagem distorcida por causa do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva]. Apesar do presidente ser muito hostil a Israel, a própria nação é relativamente pró-Israel. (…) Há muitos políticos que não são hostis e, pelo contrário, amigáveis – disse ela em entrevista ao Jerusalem Post.

Shaked afirmou que, em sua visita, constatou que há muitos evangélicos e católicos que amam Israel. Ela também contou ter se encontrado com “a próxima geração de líderes do Brasil”, que de acordo com ela, são extremamente pró-Israel.

Entre os políticos que se reuniram com a ex-ministra e o atual presidente do Centro Médico Infantil Amigos da Schneider de Israel, estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) e o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), que é descendente da família imperial brasileira.

– O povo brasileiro está de coração e alma junto com o povo israelense nesta luta contra o terrorismo e para trazer paz à situação. Os governos não devem interferir neste vínculo que existe entre dois povos – disse Bragança em sua conta no X.

Shaked, que esteve no Brasil para “fortalecer a conexão” com o país disse ter encontrado comunidades judaicas “encantadoras, calorosas e sionistas” em São Paulo e no Rio de Janeiro. Ela também observou que tais comunidades não têm sido afetadas pelo antissemitismo, como nos Estados Unidos.

– As comunidades estão bem, mas estão muito preocupadas com o que está a acontecer em Israel. Eles perguntaram muito sobre como a situação terminaria, o que aconteceria com os reféns, o que aconteceria com Rafah e o Tribunal Penal Internacional. Estamos em um período difícil, mas houve muitos momentos difíceis na história, e isso vai passar e vamos superar – acrescentou.

A relação diplomática entre Israel e Brasil ficou fragilizada após críticas do presidente Lula ao país, especialmente após o petista ter comparado a guerra em Gaza com o Holocausto promovido por Adolf Hitler na Alemanha nazista, que dizimou 6 milhões de judeus.

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