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Saiba mais sobre o trabalho dos capelães militares

Religiosos dão assistência espiritual aos soldados e oficiais

Jade Nunes - 20/10/2017 08h29 | atualizado em 20/10/2017 09h11

Eles usam farda, são submetidos às mesmas normas e regulamentos dos militares, cumprem o expediente da tropa, mas não são soldados. Presentes na Marinha, Aeronáutica, Exército e no Corpo de Bombeiros, os capelães militares têm por finalidade “prestar assistência religiosa e espiritual aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas”, de acordo com a Lei Nº 6.923, de 29 de Junho de 1981.

No Exército, o Quadro de Capelães (QCM) é composto por padres e pastores. Como a função é de não combatente, os religiosos não são habilitados ao porte ou uso de arma no exercício da função, mesmo quando acompanham a tropa em situações reais como as de Garantia da Lei e da Ordem.

O capitão de corveta e capelão-adjunto, Ubiratan de Oliveira Araújo, conta a razão de ter optado por seguir essa profissão:

– Eu fui recruta e posteriormente marinheiro, oriundo do período de alistamento militar aos 18 anos. Devido à busca de outras formações profissionais e, também, para iniciar meu processo vocacional para o sacerdócio católico, desliguei-me da vida militar como praça. Durante esse processo até minha ordenação, como já conhecia a realidade militar, sempre tive contato com a Capelania e, mais especificamente, com o Capelão-Chefe no período do meu diaconato. Assim, fui alimentando a possibilidade de ser instrumento de Deus naquele ambiente que tão bem já conhecia. Após o período exigido por edital, prestei o concurso que me trouxe de volta à vida militar.

O capelão ainda afirma que o melhor aspecto do trabalho é estar inserido em um ambiente de missão espiritual:

– A melhor parte é poder caminhar lado a lado, ombro a ombro, no mandato evangélico anunciando a Palavra da Salvação. O Apóstolo Paulo afirma: “fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns”(1 Coríntios 9:22). Esse é o espírito e o aspecto que envolve nosso trabalho.

O dia a dia das atividades do serviço religioso envolve duas linhas de direcionamento: A primeira é a assistência espiritual, que tem por objetivo despertar a esse lado do militar e dos seus familiares, bem como assisti-los nos momentos de crise ou de dificuldade; já a segunda é de assistência religiosa, que procura atender as demandas específicas da fé dos segmentos mais representativos da Força. É realizada quando um capelão ministra uma missa, culto, reunião espírita, catequese, aula de Escola Bíblica e estudo de doutrina da ministração dos Sacramentos.

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