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“Era nosso amado filho”, diz família de missionário morto

O jovem de 27 anos morreu após entrar em ilha isolada do Oceano Índico

Ana Luiza Menezes - 22/11/2018 17h52

John Allen Chau Foto: Reprodução

A família do americano John Allen Chau usou as redes sociais para se pronunciar sobre a morte dele. Segundo autoridades locais, o jovem de 27 anos foi morto a flechadas nesta semana por uma tribo que vive isolada no arquipélago indiano de Andaman e Nicobar, no Oceano Índico.

Abalados pela notícia, os parentes publicaram um comunicado oficial sobre a perda do rapaz. Ele costumava publicar fotos de suas viagens, sempre em contato com a natureza.

John passou por vários países e em seu Instagram escreveu a frase Seguindo o Caminho (Following the Way, em inglês) como uma das formas de se definir como pessoa. No perfil, ele também se mostrava orgulhoso de ter sobrevivido a picada de cobra.

Por causa de seu estilo de vida, sempre em busca de novas experiências, há dúvidas se ele era de fato um missionário que queria evangelizar tribo ou apenas um aventureiro. Porém, autoridades locais, a imprensa e a organização de defesa religiosa International Christian Concern identificaram Chau como um missionário americano.

– Ele era nosso amado filho, irmão, tio, e o melhor amigo para nós. Para os outros ele era um missionário cristão, paramédico da natureza selvagem, treinador de futebol e um montanhista. Ele amava a Deus, a vida e (amava) ajudar aqueles que estivessem em necessidade, e ele não tinha nada além de amor pelas pessoas da tribo da Ilha da Sentinela – escreveu a família.

No post, os parentes de John também afirmaram que perdoam as pessoas que são responsáveis pela morte dele. Eles também afirmaram que ele embarcou nessa aventura por sua própria vontade.

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John Allen Chau

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INSPIRAÇÕES PARA A VIDA
Em entrevista ao site Outbound Collective, em 2014, John disse que ainda na infância sentia o desejo de ser um aventureiro e viajar bastante.

– Meu irmão e eu (costumávamos) pintar os rostos com suco de amora silvestre e andar pelo quintal com arcos e lanças que fazíamos com pedaços de pau – contou.

Na mesma conversa, ele apontou Jesus e o missionário escocês David Livingstone como sua fonte de inspiração.

Ainda sobre sua fé, em uma de suas postagens, ele usou a expressão soli deo gloria (Glória somente a Deus, em latim).

AMIGOS
A família do jovem não do descreveu como mártir. Porém, um amigo dele, John Middleton Ramsey, descreveu a perda do missionário dessa forma.

– Nosso amigo foi martirizado – escreveu ele.

O post recebeu curtidas e comentários controversos de amigos e curiosos. Alguns afirmaram que o rapaz foi um “idiota” por ter entrado na ilha. Outros apenas prestaram condolências.

Segundo a polícia local, sete pessoas, incluindo cinco pescadores, foram presas por ajudar o americano a chegar até a ilha. Sobre essa questão, a família também se pronunciou.

– Também pedimos a libertação dos amigos que ele tinha nas Ilhas Andaman. Ele se aventurou por livre e espontânea vontade e seus contatos locais não precisam ser perseguidos por suas próprias ações – informou o texto emitido pelos Chau.

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