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Entenda a polêmica que envolve a Bola de Neve Balneário Camboriú

Igreja foi alvo de acusações por parte de ex-membros, incluindo do cantor Rodolfo Abrantes

Thamirys Andrade - 24/05/2024 16h07 | atualizado em 24/05/2024 20h13

Bola de Neve de Balneário Camboriú Foto: Reprodução / Google Street View

Nos últimos dias, a Igreja Bola de Neve de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, apareceu no centro de uma polêmica envolvendo acusações por parte de ex-membros, um desabafo do cantor Rodolfo Abrantes, e até mesmo uma notícia de fato instaurada pelo Ministério Público do estado. O Pleno.News explica os acontecimentos por trás desse caso complexo.

A situação começou a ganhar força após o ex-integrante da igreja Marcio Bieda Junior acusar os pastores Natanael e Ana Paixão de se apropriarem de recursos públicos de instituições que estariam ligadas à instituição religiosa. Entre as acusações, estaria um salão de beleza de luxo de propriedade da filha dos pastores e que teria sido aberto utilizando doações destinadas ao Instituto para Empreendedoras (IPE).

O IPE, por sua vez, seria um braço da Casa das Anas, instituição de acolhimento para mulheres vítimas de violência doméstica que é apontada como sendo ligada à Igreja Bola de Neve. A entidade social que recebe recursos públicos nega ter vínculo com a igreja.

Ainda de acordo com Marcio, os pastores teriam utilizado o serviço de cozinheiras da Casa das Anas para prepararem seus almoços diariamente. Ele também acusou a entidade religiosa de não repassar os lucros da cantina da igreja – cujos trabalhadores são voluntários – para a instituição e que uma empresa de artigos evangélicos gerida pelo pastor Natanael Paixão teria como principal cliente a própria Bola de Neve SC.

Baseado nas denúncias, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou, na última terça-feira (21), uma notícia de fato para apurar suposta malversação de recursos públicos na Casa das Anas e no IPE.

RODOLFO E ALEXANDRA ABRANTES
Diante das polêmicas, o cantor Rodolfo Abrantes – ex-vocalista da banda de rock Raimundos – e sua esposa, Alexandra Abrantes, decidiram se manifestar. O casal deixou a Bola de Neve em Balneário Camboriú há 13 anos e agora decidiram detalhar o motivo.

Segundo Rodolfo e Alexandra, eles foram alvo de abuso, opressão e manipulação na instituição. Eles mencionaram “feridas e traumas que demoram demais para curar e ainda doem”. Frisaram também não ter conhecimento, nem compactuar com “absolutamente nada que tenha sido feito por meio da liderança desde 2011”.

– Fomos cancelados por pastores que tínhamos como amigos, minhas músicas proibidas de tocar em cultos, minha esposa foi chamada de Jezabel pra baixo, fui acusado de uma dívida com o selo musical da igreja [o que através de uma prestação de contas foi comprovado que eu não devia nada], tudo isso, talvez com o intuito de se preservar e manter esse sistema funcionando – descreveu o cantor.

 

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O QUE DIZ A BOLA DE NEVE?
Diante de toda a repercussão, a Bola de Neve se pronunciou. Em nota, a igreja disse lamentar o caso profundamente e declarou que, nesses 25 anos de atuação, “os trabalhos sempre foram feitos em uma conduta transparente e honesta para que o resultado final fosse a transformação da sociedade”.

A instituição também disse estar se esforçando para ser aperfeiçoada e acrescentou que quem perde neste cenário são “milhares de pessoas que já foram ou teriam a chance de serem transformadas pelo poder de Deus”.

Em outro comunicado assinado pelos pastores Natanael e Ana Paixão, a igreja disse atuar “em algumas frentes” que não possuem qualquer relação com o ministério, em provável referência às instituições investigadas.

Ainda de acordo com a igreja, o Instituto para Empreendedoras não chegou a ser formalizado, mas segue atuando com treinamento e auxílio de mulheres. Os pastores disseram também nunca terem feito retiradas financeiras da entidade e que, pelo contrário, ofereceram seus nomes para viabilizar as atividades.

Já sobre as acusações a respeito da cantina e da loja de produtos evangélicos, os líderes religiosos disseram ter criado um CNPJ para que os projetos fossem instalados e reconheceram que deveriam “ter adequado tal situação”. No entanto, segundo a nota, o assunto já está sendo “alinhado e resolvido” pelo corpo jurídico.

 

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