Um chamado mais que excelente
Stephen dos Santos - 24/11/2018 08h00
“E tendo dito isso, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora.” (Jo 11.43 -BKJ Fiel)
O Evangelho de João é o Evangelho do Filho de Deus. Temos em todo escrito do apóstolo amado, a convicção de que Jesus Cristo era a encarnação de Deus. Com uma linguagem peculiar, o Evangelho de João nos convida para uma jornada ao conhecimento acerca da grande expressão física do caráter de Deus.
Dentre as diversas características próprias de João, temos palavras que são exaustivamente pontuadas por João, com a palavra “vida”. Esta palavra, mais uma vez, assume um papel importante no texto de João sobre a ressurreição de Lázaro. Como lemos acima, Cristo ressuscitou o morto. Todavia, precisamos observar que esse grande sinal está além de uma esfera miraculosa. João deixa claro que a fala de Jesus era que a enfermidade (que culminaria na morte de Lázaro) não era para a morte, mas “para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” (Jo 11.4).
Cristo dizendo ser a “ressurreição e a vida” (Jo 11.25), invocando o Pai no caráter de unigênito (Jo 1.14), atesta a preparação de um ambiente para um sinal extraordinário: o chamado da morte para a vida. A ressurreição de Lázaro não aponta somente o Filho de Deus, mas para a grande obra de Deus por meio da sua revelação na encarnação do seu Filho: o resgate da humanidade. O Filho de Deus ressuscitou Lázaro rompendo com a morte (Jo 11.13-14,21,25,32,37,39,44) e com o sepulcro (Jo 11.31,38,44); o Filho de Deus ressuscitou vencendo a morte e rompendo com o sepulcro (Mt 27.53 ; Mc 16.1-6; Lc 24.1-6; Jo 20 – 21; I Co 15.55 – 57).
De modo semelhante, todos nós por meio da Cruz fomos chamados e direcionados à essa realidade tão sublime que consumará na sua segunda vinda, quando não somente seremos como Ele, mas o veremos como Ele é (I Jo 3.2).
Nosso amado Mestre ressuscita Lázaro apontando para o seu poder resgatador que fluiria da Cruz para todos aqueles que crêem. Assim como a voz Daquele que clamou por Lázaro foi mais poderosa do que a morte e a caverna que o prendiam, cada palavra dita na Cruz era um grito de redenção e remissão pelo seu sangue, “segundo as riquezas de sua graça” (Ef 1.7).
A morte Ele venceu! O véu Ele rompeu!O sepulcro está vazio e nós estamos livres nesse chamado! Somos chamados da morte para a vida (Ef 2.1-9), conduzidos à uma vida fora da “sepultura” que é o mundo que “jaz no maligno” (I Jo 5.19), para sermos conforme à imagem do Filho de Deus (Rm 8.29). Um chamado mais que excelente de um Cristo que revelou ser um Deus que não vê impedimentos para salvar, transformar e libertar!
Porventura, existiria algo impossível para Jesus? O mais complexo, dentro de nossa ótica Ele já fez que é nos amar, além dos medos e defeitos! Logo, nada é impossível para um Deus que foi onde ninguém iria para salvar miseráveis pecadores como nós!
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Stephen dos Santos é evangelista da Assembleia de Deus em Nova Iguaçu, seminarista pelo Centro Educacional Teológico das Assembleias de Deus no Brasil e estudante de História pela UniCesumar. |
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