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The gift of the magi

Mateus 2:11 “E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra”.

The gift of the magi

The gift of the magi / Foto: Pixabay

Marcelo Martins - 31/07/2017 05h00 | atualizado em 31/07/2017 05h04

The gift of the magi*

E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra”. Mateus 2:11

Contarei uma história que marcou minha vida para sempre. Leia e tire suas próprias conclusões…

Mary contou o dinheiro três vezes. Ela tinha apenas um dólar e oitenta e sete centavos. Isso era tudo. E amanhã seria o Natal. Que presente poderia comprar com apenas um dólar e oitenta e sete centavos? Mary se deitou na velha cama e chorou.

Vamos deixá-la sozinha por um momento e observar sua casa. As cadeiras e mesas eram velhas e desgastadas. Do lado de fora, havia uma caixa de correio vazia e uma porta sem campainha. O nome na porta dizia “Sr. James Dillingham” — Jim era o marido de Mary.

Por saber que Jim estaria mais cedo em casa, Mary enxugou as lágrimas e se levantou. Diante do espelho, começou a pentear seus cabelos para Jim. Ela se sentia muito triste, pois queria comprar um presente de Natal para ele — algo de valor. Mas o que ela encontraria com um dólar e oitenta e sete centavos? De repente, ela teve uma ideia.

Até aquele momento, Jim e Mary tinham apenas dois tesouros. Um era o relógio de ouro de Jim. O outro eram os cabelos de Mary — longos, castanhos que desciam pelas costas. Mary se olhou no espelho um pouco mais. Seus olhos estavam tristes, mas aquela simples ideia a fez sorrir. Pôs seu velho casaco marrom, um chapéu e saiu de casa. Ao descer a rua, parou em frente a uma porta que dizia: “Madame Sophronie. Cabelos de Todos os Tipos”.

Você compraria os meus cabelos?”, Mary perguntou.

Eu compro cabelos…”, disse a Senhora. “Tire o chapéu. Deixe-me ver seus cabelos”.

Ao tirar o chapéu, eles caíram como água. Madame Sophronie os pegou com uma mão forte.

Vinte dólares”, ela disse.

Dê-me o dinheiro agora!”, respondeu Mary.

Ah, as próximas duas horas voaram como um vento de verão. Mary procurou em muitas lojas por um bom presente para Jim. Finalmente ela o encontrou — uma corrente para o relógio de ouro dele. Era uma corrente dourada de vinte e um dólares. Mary sabia que a corrente deixaria Jim feliz. Ele já tinha uma corrente, mas essa seria bem melhor. Ela combinaria com um relógio de ouro. Mary pagou pela corrente e voltou para casa com oitenta e sete centavos.

Às sete horas, Mary fez café e começou a preparar o jantar. Estava quase na hora. Logo Jim estaria em casa. Ele nunca se atrasava. Ao ouvir Jim chegar, ela se olhou no espelho mais uma vez.

Oh! Espero que Jim me entenda!”. Mary sorriu, mas seus olhos estavam marejados. “Mas, afinal, o que eu poderia fazer com apenas um dólar e oitenta e sete centavos?”.

O rosto de Jim parecia sereno. Seu casaco era velho, e ele não tinha chapéu. Parou e olhou para Mary. Ele não conseguia dizer nada. A estranheza de seus olhos deixou Mary preocupada. Logo, ela começou a falar muito rápido.

Oh, Jim, querido, por que seu olhar está diferente? Não me olhe desse jeito. Eu cortei meus cabelos e os vendi. Eu queria comprar um presente de Natal para você. Eles crescerão novamente — não fique zangado. Meus cabelos crescem muito rápido. Diga ‘Feliz Natal’, querido, e vamos nos alegrar. Você não sabe o que eu comprei para você — é lindo”.

Você cortou seus cabelos?”, Jim falou lentamente.

Eu os cortei e os vendi”, Mary respondeu. “Você não gosta de mim agora? Eu ainda sou sua, não sou?”.

Você disse que seus cabelos se foram?”, Jim perguntou novamente.

Não pense mais nisso. Eles se foram. Seja bom comigo porque é Natal. Podemos jantar agora, Jim?”.

Jim parecia ter acordado naquele instante. Ele sorriu e tomou Mary em seus braços.

Vamos deixá-los juntos por um momento. Eles são felizes, ricos ou pobres. Você conhece os Magos citados na Bíblia? Eles foram homens sábios que trouxeram presentes para o menino Jesus. Mas eles não puderam dar presentes como os de Jim e Mary. Talvez você não me compreenda agora. Mas logo saberá o que quero dizer.

Jim tirou uma pequena caixa de seu bolso.

Eu amo seus cabelos curtos, Mary”, ele disse. “Desculpe-me se pareci estranho. Mas se você abrir a caixa, compreenderá”.

Ao abrir a caixa, primeiro ela sorriu, depois começou a chorar. Na caixa, havia dois lindos pentes; como aqueles usados para pentear cabelos longos. Mary podia perceber que era um presente de grande valor. Ela nunca pensou que pudesse ter algo tão precioso.

Oh, Jim, eles são lindos! E meus cabelos crescem rápido, você sabe. Mas espere! Você deve ver o seu presente também”.

Mary deu a Jim a corrente. Ela brilhava como seus olhos.

Não é um bom presente, Jim? Eu procurei por ele em toda a parte. Agora você poderá ver as horas cem vezes por dia. Dê-me o seu relógio. Eu quero vê-los juntos”.

Jim caiu de costas na cama. Ele pôs as mãos sobre a cabeça e sorriu.

Mary, vamos deixar os presentes de lado. Eu vendi o relógio para comprar os pentes. Venha, vamos jantar”.

O que podemos aprender?

O maior presente de todos não é aquele que só o dinheiro pode comprar nem o que é cobiçado pelos outros. O maior presente é o amor que nos move a doar o que temos de melhor para quem amamos.

Histórias como a de Jim e Mary não apenas reforçam essa ideia, como também nos ensinam que os relacionamentos dependem muito mais de atitudes desprendidas do que de conquistas.

Vamos conversar com Deus?

Senhor Deus, nossos relacionamentos são a parte mais importante da nossa vida. Nós compreendemos isso, mas nem sempre sabemos expressar o amor como o casal dessa história. Ajuda-nos, Pai, a amar como o Senhor nos ama. Assim oramos, em nome de Jesus. Amém”.

*Henry’s, O. The Four Million – The Gift of the Magi. New York City, 1880. [Texto de domínio público.]

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