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Simplesmente viver

Simplesmente viver

Simplesmente viver /Foto: Royalty-Free/Corbis

Marcelo Martins - 19/09/2018 05h00 | atualizado em 19/09/2018 05h01

Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus ”. Marcos 10:16

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ma das coisas que mais me impressionam na sociedade em que vivemos é a capacidade do ser humano de complicar a vida, principalmente nos relacionamentos. E, por mais incrível que pareça, isso acontece quando chegamos à idade adulta, quando amadurecemos.

O amadurecer da vida, assim como acontece com os frutos, deveria nos deixar mais doces. Mas nem sempre é isso o que acontece.

Jesus disse que a marca de quem entra no reino dos céus é ser como criança. Ele não está falando de imaturidade, mas de simplicidade. As crianças são simples.

Philip Yancey diz que “as crianças não entendem nada de relacionamento; elas simplesmente se relacionam”. Para os adultos, porém, há tantas exigências, tanta preocupação em minimizar as diferenças, tanta contabilidade emocional, que quase não sobra espaço para o que, de fato, é a essência do relacionamento: o amor que se doa, que tem prazer de estar junto.

Talvez, as pessoas ajam assim por imaginar que simplicidade retrate mediocridade. Isso não é verdade. Ser simples é experimentar a essência da vida, o néctar, sem desprezar o complexo.

Embora a trama social fosse extremamente complexa já naquela época, Jesus se relacionava com simplicidade. Ele colocava as crianças no colo; tocava nas pessoas; olhava nos olhos; parava para ouvir o que os outros tinham a dizer.

Se você parar para pensar um pouco, perceberá que a vida gira em torno da simplicidade:

A simplicidade…
da fé é a confiança;
da salvação, a graça;
da sabedoria, o temor;
da adoração, a entrega.

A simplicidade…
do Evangelho é a cruz;
do perdão, a liberdade;
do amor, a doação;
da paz, a segurança.

A simplicidade da vida é desfrutar a própria vida, ou simplesmente viver.

As complexidades que a vida nos impõe devem ser analisadas com discernimento e critério. Entretanto, elas não podem esfriar – ou até mecanizar – a forma como nos relacionamos. As pessoas são diferentes; essa é a beleza da vida. Somos diferentes, mas podemos conviver em paz.

Marcelo Martins é pastor, editor, escritor e professor. Formado em Letras e Pós-graduado em Gestão Estratégica de Pessoas.
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