Marcelo Martins - 11/08/2017 05h00

“Duas pessoas andarão juntas se não tiverem de acordo?”. Amós 3:3

Participei de uma palestra bem interessante sobre relacionamentos. Depois de meia hora, a conferencista convidou dois participantes, um homem e uma mulher, para ajudá-la numa dinâmica de grupo. A mulher recebeu uma folha de papel fino vermelho; o homem, uma folha de papel fino verde. Ambos ganharam também um tubo de cola.

Havia duas mesas com cadeiras sobre o palco, onde os convidados se sentaram. A missão deles era bem simples: passar cola em todo o papel fino e, depois, juntá-los cuidadosamente. A palestrante pegou os papéis unidos, levantou-os para a plateia e perguntou:

“Será que os nossos convidados conseguem separar esses papéis sem rasgá-los?”.

Obviamente, a resposta foi uníssona: “Não!”.

“Por quê?” – ela insistiu. “Vamos deixá-los, pelo menos, tentar…”.

Os convidados, com muita atenção, começaram a puxar os papéis, sob o olhar tenso dos espectadores. Levou uns três minutos. Eles até conseguiram separar as duas folhas, no entanto parte do papel vermelho ficou entranhado no verde e vice-versa.

“Em nossos relacionamentos, sejam quais forem, sempre deixaremos marcas em alguém; e alguém sempre deixará marcas em nós” – concluiu a palestrante.

Por que precisamos escolher bem com quem nos relacionamos? Porque naturalmente temos um acordo ou uma aliança com aqueles com quem andamos. E isso significa que influenciamos e somos influenciados; marcamos e somos marcados.

Se ficasse só nisso, seria bom demais. Acontece que essas “marcas” podem contribuir para o nosso crescimento pessoal, ou nos puxar com toda a força para baixo. Assim são os relacionamentos, alguns constroem; outros, nem tanto. Alguns deixarão saudades; outros, quando terminarem, trarão alívio.

O que podemos aprender?

“Não se deixem enganar: As más companhias corrompem os bons costumes”. 1 Coríntios 15:33

Esse conselho está claro como cristal. Existem relacionamentos tóxicos, que precisamos evitar. Por isso, seja exigente ao se relacionar. Não deixe a solidão decidir por você. Ande com pessoas que colaborem para o seu crescimento; afaste-se de pessoas que sugam suas forças e limitam sua visão.

Muitos relacionamentos surgem casualmente; não dá para analisá-los antes. Mais fique atento à voz do Espírito… Às vezes, nossos olhos precisam se abrir mais.

Vamos conversar com Deus?

“Senhor Deus, por onde andamos fazemos relacionamentos. E nem sempre conseguimos perceber as reais intenções das pessoas com quem convivemos. Por isso, Pai, abra os nossos olhos para que sejamos sábios ao escolher nossas amizades. Queremos andar com pessoas cheias de vida e fé! Assim oramos, em nome de Jesus Cristo. Amém”.