Israel Belo - 15/06/2019 09h00 | atualizado em 15/06/2019 09h01

“Responder à ofensa com ofensa é lavar a lama com a lama”. (Juan Vives)

Quando somos ofendidos, amplificamos. Nossa mágoa se torna profunda. Nossa memória fica habitada por decepções e ressentimentos.
Quando ofendemos, minimizamos.
Para sermos justos, quando ficamos sabendo que o que fizemos, com ou sem intenção, magoou o outro, temos que considerar com seriedade a sua dor.
Se o nosso amigo ou familiar se sentiu ofendido, não temos que discutir, senão reconhecer o nosso erro e pedir honestamente perdão.
Se a nossa brincadeira foi recebida como excessiva, devemos refletir, ponderar as próximas e buscar o perdão, que pode vir depois de um pedido que não se explique mas se humilhe.
Se o nosso conselho foi recebido como ofensivo, devemos admitir que falhamos, para não falharmos em nova oportunidade.
Se a nossa palavra foi pesada, por causa da raiva momentânea que estávamos sentindo, devemos confessar que a ira nos dominou e, por isto, atacamos com o propósito apaixonado de ferir. A confissão abre portas para a reconciliação e nos educa para relacionamentos saudáveis.
Quando falhamos, não devemos ficar na defensiva, como se não tivéssemos agido mal, como o se o outro fosse fraco, como se não tivéssemos errado.
Quando ofendemos, devemos nos colocar no lugar do ofendido. E no que depender de nós tudo faremos para que haja cura e volte o prazer da amizade.

“Se você estiver trazendo a sua oferta ao altar e lá se lembrar que o seu irmão tem alguma coisa contra você, deixe diante do altar a sua oferta e vá primeiro reconciliar-se com o seu irmão”. (Mateus 5.23-24a)

Israel Belo é pastor da Igreja Batista Itacuruçá, na Tijuca, Rio de Janeiro, graduado em Teologia e Comunicação, pós-graduado em História, mestre em Teologia e doutor em Filosofia.

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