Israel Belo - 18/12/2020 05h00

“Como é possível esperar que a humanidade ouça conselhos, se nem sequer ouve as advertências”. (Jonathan Swift)

Erramos, e pode ser que ninguém note.
Erramos, e pode ser que alguém nos advirta.
Pode ser que a advertência chegue suave e gentil, e talvez não prestemos atenção.
Pode ser que a advertência seja áspera e grosseira, e talvez fiquemos aborrecidos e até revoltados.
Se desclassificarmos quem nos adverte, devolvendo a crítica, continuaremos falhando.
Se nos justificarmos em nossos erros, eles continuarão a nos diminuir.
Quando alguém nos adverte, mesmo que de uma forma ou em um lugar que nos incomoda, nossa melhor reação é atentar para o comentário que foi feito.
Devemos ouvir a advertência como se fosse um apito do guarda no trânsito.
Devemos escutar a voz dos críticos como se fosse a palavra amorosa de nosso pai ou de nossa mãe, no presente ou no passado.
Tendo tomado conhecimento da advertência, devemos refletir cuidadosamente sobre ela.
Na maioria das vezes, erramos mesmo, mesmo que tenha sido involuntariamente, por simples descuido ou grande pressa.
Quando erramos, não devemos nos perder em explicações que não alteram os fatos.
Quando erramos, devemos admitir para nós mesmos que erramos.
É a partir da admissão do nosso erro que o nosso acerto começa.
Quando falhamos, devemos, se for possível, agradecer a quem nos advertiu. E esta nossa gratidão deve incluir um honesto pedido de perdão, se o nosso erro ofendeu o outro.
Quando levamos a sério as advertências dos outros, erramos menos.
Quando levamos a sério nossos próprios erros, nós nos tornamos pessoas melhores, o que certamente é a meta de todos nós.

“Como o óleo e o perfume alegram o coração, assim o amigo encontra doçura no conselho cordial”. (Provérbios 27.9)

Israel Belo é pastor da Igreja Batista Itacuruçá, na Tijuca, Rio de Janeiro, graduado em Teologia e Comunicação, pós-graduado em História, mestre em Teologia e doutor em Filosofia.

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