Qualidade e não quantidade
Nancy Dusilek - 11/01/2019 05h00
“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios” (Salmos 90.12).
Este é um Salmo escrito por Moisés, o grande líder e homem de Deus. Com muita sabedoria ele caminhou durante 40 anos com o povo, levando-o do Egito à Terra Prometida. Moisés viveu bastante, mas a sua preocupação não era contar os dias ou os anos, de forma a se vangloriar deles. Este grande líder pede ao Senhor para que Ele o ensine a contar os seus dias de uma forma qualitativa. Para este homem de Deus, o problema não era ter 100 ou 120 anos, mas como viver esses anos de forma a deixar marcas positivas na vida das pessoas ao seu redor.
Cada vez que leio este versículo, minha atenção se volta para duas expressões: “ensina-me” e “alcance”. Apesar de toda a sua liderança, Moisés estava aberto para a aprendizagem. Nunca sabemos tudo, mas sempre há coisas a aprender. Dizia minha saudosa mãe que “a vida é uma escola” e, enquanto aqui vivermos nessa, não temos como fugir dela.
Ao nascermos recebemos o recibo de matrícula. Podemos aprender as lições e viver melhor, ou não aprendê-las e repetir de ano todas as vezes. É uma escolha pessoal. A atitude de se colocar à disposição para aprender, tem um objetivo claro: “alcançar a sabedoria” ou “alcançar um coração sábio” (em algumas traduções). A aprendizagem não é para armazenar conhecimentos, mas para colocá-los em prática e nosso dia a dia. Precisamos aprender a cada dia que nossa vida é avaliada pela qualidade de nossas ações, e não pela quantidade de anos vividos.
É claro que, se podemos viver muitos anos e todos eles com sabedoria, tanto melhor. Mas o fundamental mesmo é a qualidade. Quanto você tem refletido sobre isso?
ORAÇÃO
Senhor, quero estar sempre pronto a aprender. Ajuda-me nessa busca.
Nancy Dusilek é formada em Educação Religiosa e Letras. Atua como escritora e palestrante. É membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. |