Izilda Portela - 15/04/2020 05h00

“Vai, pois, povo meu, entra na tua casa, e fecha as tuas portas sobre ti, esconde-te só por um momento, até que passe a indignação”. (Isaías 26:20)

A pandemia do coronavírus está causando transtornos em todo o mundo. De repente nos vimos obrigados a mudar radicalmente o nosso modo de vida: escolas foram fechadas, eventos cancelados, empresas interrompem suas atividades enfim, o mundo para! Alguns se perguntam se a passagem de Isaías 26 seria uma referência aos dias que estamos vivendo essa pandemia.

No verso 20 vemos a ordem dada por Deus, há milhares de anos, a um povo que Ele havia escolhido para si.

No primeiro verso deste mesmo capítulo o profeta descreve sobre um “dia” que não é o tempo em que estamos passando por quarentena por causa do coronavírus. É muito claro para nós que esse “dia” se trata do dia do juízo FINAL, quando seremos submetidos à justiça de Deus de forma plena e completa.

O coronavírus não será o fim do mundo, pois a Bíblia demonstra que ainda faltam coisas preditas na Palavra de Deus para que Jesus volte. No entanto, esses acontecimentos são sinais de que

esse tempo está próximo e com cada acontecimento desta natureza devemos aprender algumas lições. A primeira delas é que, por exemplo, na pandemia do coronavírus Deus nos convida a parar e nesta parada, somos chamados a uma conversa com o Senhor.

Neste momento de reflexão e quietude, entendemos que é tempo para nos examinarmos a nós

mesmos e perceber se estamos dando bom testemunho da nossa fé: “Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu”. (Mateus 5:16 NTLH). É tempo para reavaliar a nossa fé e o grau de confiança que depositamos no Senhor diante, principalmente, das tribulações. Neste tempo de quietude, descobrimos as nossas fragilidades e nos deixamos ser tratados por Deus.

Como resultado deste tratamento, nos vemos mais esperançosos e encorajados, lembrando que Deus não é apenas um Deus grande, forte e poderoso lá longe, mas é também um Deus misericordioso que está perto, nos estimulando a uma vida de esperança viva, sempre renovada pelo que Deus é e pelo que Ele faz. Por isto, os nossos corações não se desfalecem e não se rendem ao desamparo, porque Deus é a nossa esperança para o presente e para o futuro, que a Ele pertence.

Também aprendemos, ou reaprendemos, que a nossa esperança deve estar baseada em Jesus, que é amor, graça e segurança. Esta esperança é a nossa âncora, que nos mantém estáveis e em segurança, mesmo em meio à circunstâncias que promovem medo, angústia e incertezas, pois a palavra final para as nossas vidas vêm do Senhor: “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro”. (Jeremias 29:11)

Izilda Portela é graduada em Jornalismo, pós-graduada em Terapia de Família e em Liderança Avançada pelo Instituto Haggai Singapura.

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