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O resgate da cruz

Lucas 9:23 “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”.

O resgate da cruz

O resgate da cruz Foto: Pixabay

Marcelo Martins - 23/07/2017 05h00

O resgate da cruz

Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”. Lucas 9:23

Vivemos numa época em que a cruz de Cristo deixou de ser o alicerce da vida de muitos cristãos. O resultado disso é que as pessoas estão tentando “ganhar o mundo”, mas perdendo a própria vida, a família, ou causando graves danos a si mesmas.

Precisamos responder sinceramente a esta pergunta: “Qual tem sido a base da minha vida espiritual? A cruz de Cristo ainda faz parte da minha vida?”. Porque a única maneira de se viver a vida cristã como Deus a planejou é resgatando a cruz de Cristo. Existe uma cruz dentro de cada um de nós que precisa ser resgatada.

O resgate da cruz de Cristo em minha vida acontece…

Quando aceito depender completamente de Deus. Para entender essa declaração tão incisiva de Jesus (“negue-se a si mesmo”), precisamos ir além do sentido tradicional das palavras. Jesus não está dizendo que você deve negar sua individualidade, seus talentos, seus sonhos, sua personalidade… O que Jesus, de fato, espera é que você diga não às influências que o afastam dele.

Não é a negação da vida que Jesus quer, mas a negação da carne, ou seja, daquele tipo de comportamento que desonra a Deus, que entristece o Espírito Santo. Não é a negação do seu jeito de ser, mas a negação da independência, que nos faz ser precipitados, tomando decisões fora da vontade do Senhor. Não é a negação dos sonhos, mas a negação dos desejos egoístas que desprezam o propósito de Deus.

Quando aceito os desafios que provam minha fé. “Tomar a sua cruz” não é passar a usar uma cruz como pingente ou amuleto; também não representa que estou aceitando viver em fracasso ou miséria. Não é uma apologia à derrota, ao autoflagelo. A cruz representa a luta diária para manter minha fé acessa.

A maioria dos cristãos foge dos desafios, como se os problemas fossem, necessariamente, diabólicos. As lutas acontecem na vida do crente porque não existe outra maneira de a sua fé ser fortalecida, a não ser por meio das provas.

Talvez você se pergunte: “Mas por que eu tenho que tomar a cruz se Jesus já tomou-a em meu lugar?”. É uma boa pergunta, que merece uma resposta à altura.

Aqui há uma revelação bíblica extraordinária. Jesus fez a declaração de Lucas 9:23 antes de ter sido crucificado. Portanto, Ele estava estabelecendo um princípio, e não que sofrêssemos o que Ele sofreu.

Quando a cruz perde o seu valor na nossa vida, ficamos com medo, fugimos ao primeiro sinal de dificuldade. Em nenhum momento, Jesus fugiu dos desafios; foi assim no deserto ao ser tentado três vezes pelo diabo; foi assim no jardim do Getsêmani quando foi tentado a desistir da sua missão; foi assim na hora da crucificação quando foi abandonado por quase todos que o seguiam. Em tudo Jesus foi provado, mas Ele não recuou.

Deus não é glorificado quando fraquejamos, mas quando levantamos a cabeça e declaramos: “Tentarei mais uma vez!”. Muitos querem experimentar o poder da ressurreição sem passar pela cruz. Mas não existe ressurreição sem cruz!

Quando aceito ser discípulo. “Seguir” é bem diferente de “ir atrás”. A multidão vai atrás, mas o discípulo segue. Para resgatar a cruz de Cristo em sua vida, você precisa se tornar discípulo; precisa mudar de patamar, sair da multidão para ter um relacionamento pessoal com Jesus. Porque a multidão só quer o próximo milagre, mas o discípulo quer um relacionamento. A mesma multidão que corria atrás de Jesus por mais um milagre gritou: “Crucifica-o!”.

A multidão só quer ouvir o que lhe convém, mas o discípulo quer ouvir a verdade, ainda que isso possa entristecer seu coração. A multidão só quer receber a próxima bênção, mas o discípulo quer servir ao Senhor da bênção.

Quer dizer que quem está na multidão não será abençoado?”. Não é isso. Todos que procuram Jesus são, de alguma forma, abençoados. Mas existe um caminho a ser percorrido: que começa na multidão e termina no discipulado.

Não se trata de ser apenas mais um caminho; Jesus é o único caminho. É possível ir a alguns lugares de várias maneiras. Mas há alguns lugares que só dão para ir de uma maneira. Só existe um caminho até a presença de Deus: Jesus.

O que podemos aprender?

O que você quer fazer a partir de hoje, viver pela sua própria vontade ou ser completamente dependente de Jesus? Viver se escondendo dos desafios e tendo uma fé vacilante ou permitir ser provado por Deus, para que a sua fé seja inabalável? Andar sendo guiado pela multidão ou subir mais um degrau e se tornar discípulo?

O poder para mudar sua vida vem de Deus, mas a decisão final é sua.

Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma”. João 15:5

Vamos conversar com Deus?

Senhor Deus, precisamos resgatar o valor da cruz em nossas vidas. Quando deixamos a cruz de lado, é como se desprezássemos o sacrifício de Jesus no Calvário. Ajuda-nos, Senhor, a depender de ti em tudo, a confiar que a tua vontade sempre será o melhor para nossa vida. Pai, ensina-nos a nos render completamente. Assim oramos, em nome de Jesus Cristo. Amém”.

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