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O que não pode mudar

Israel Belo - 11/08/2019 08h00

 

“O verdadeiro cristianismo rejeita a ideia de que uns nascem pobres e outros ricos, e que os pobres devem atribuir a sua pobreza à vontade de Deus”. (Helder Câmara)

Entram governos, saem governos, mas uma coisa não muda.
Mudam políticas a cada ano, mas uma realidade permanece.
Modas morrem nas passarelas, mas uma necessidade vive.
Ênfases se alternam nas capas das publicações, mas uma carências persiste.
Valores se perdem em vãs filosofias, mas uma dor ainda fere.
Instituições um dia vigorosas fecham, mas um corpo continua de pé
Ídolos caem, derretendo-se sobre seus pés de barro, mas um grito se levanta.
Crianças carentes não acompanham o entra-e-sai de governos.
Pessoas que moram nas ruas não sabem os nomes dos políticos da hora.
Gente excluída não se exibe em festas.
Quem precisa de pão não aprecia esta ou aquela ideologia.
O que é realmente importante e tem que continuar importante é a dignidade humana, que a fome avilta.
O que é realmente importante é que há pessoas que precisam de proteção.
Em nossas praças não se deveria erguer estátuas, exceto para aqueles que se importaram com aqueles com quem poucos se importam.
Quando tudo parece mudar, precisamos de pessoas prontas para cuidar de quem precisa, não importam as razões porque precisam, pois para nada servem as nossas explicações.
Quando tudo parece mudar, continuamos humanos se amamos e cuidamos dos que nos pedem, se amamos e nos importamos com os que não têm nem mais voz ou mão para pedir.

“Não seja rigoroso demais ao fazer a colheita da sua vinha, nem volte para recolher as uvas que tiverem caído no chão; deixe-as para os pobres e estrangeiros. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês”. (Levítico 19.10)

Israel Belo é pastor da Igreja Batista Itacuruçá, na Tijuca, Rio de Janeiro, graduado em Teologia e Comunicação, pós-graduado em História, mestre em Teologia e doutor em Filosofia.

 

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