Flordelis - 13/05/2018 05h00 | atualizado em 13/10/2020 17h04

“Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti. ” Isaías 49:15

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arece fácil ser mãe. Mas é muito difícil e às vezes dolorido demais. Ser mãe não é apenas gerar no ventre é preciso gerar também no coração.

Quando o filho é gerado no coração vem ventos, tempestades, terremotos e furacões. Mas quando o vento vem, ela, a mãe, segura nas mãos do seu filho e o firma. Se é tempestade que vem, e a mãe tem apenas um plástico, ela cobre o seu filho para que ele não fique molhado; enquanto ela fica toda encharcada. No terremoto, a mãe se lança sobre ele formando um escudo protetor, para que os escombros não o matem nem o machuquem. No furacão, a mãe agarra o filho com toda sua força para que o furacão não os separe.

A mãe pode perder tudo, abrir mão de tudo, mas do filho ela não abre mão. Qualquer tipo de tormenta pode matar uma mãe, mas o seu filho não pode se ferir. Se depender de uma mãe, o filho vai sair do vento, seguro; do terremoto sem nenhum arranhão sequer; da tempestade, sequinho; e do furacão com os pés no chão.

Ser mãe é ficar sem comer, se preciso, para dar sua parte ao filho que necessita, porque ela pode sentir fome, mas seu filho não.

Agora, sabe por que encontramos recém-nascidos jogados no lixo, ou dentro de sacos plásticos em um rio ou ainda enterrados vivos? É porque essas mulheres, ditas mães, não são iguais a uma que encontramos na Bíblia, em I Reis 3:16-27.

Creio que você conhece a história. Duas mulheres moravam juntas com seus filhos. À noite, uma das crianças morreu e a mãe do bebê morto, trocou o seu pelo vivo. Para resolverem a questão foram até o rei Salomão. Ele decidiu cortar o bebê vivo e dar um pedaço para cada mãe. Mas a mãe verdadeira pediu piedade para que a criança permanecesse viva. A outra mandou matar mesmo.

A mãe que mandou matar o filho, nunca foi mãe de verdade, pois soube apenas gerar no ventre. Ela não soube gerar no coração, porque quem gera no coração sabe a dor que é perder um filho. A mãe que quis o menino vivo, havia gerado em seu coração.

Uma mãe nunca desiste dos seus filhos e dos seus sonhos. Uma mãe nunca desista de ser feliz. Ela luta, persiste e insiste. Uma mãe que gera os filhos no coração, zela pela alma deles.

Flordelis é pastora do Ministério Flordelis, cantora e escritora.