Izilda Portela - 13/04/2020 05h00 | atualizado em 13/04/2020 15h36

Estamos no meio de uma pandemia onde todos os dias e por todos os lados só ouvimos falar no novo vírus, mortes e expectativas de morte. Por tudo isto, a população sente medo e é obrigada a isolar-se buscando preservar a vida.

Em meio a este pavor, eis que temos a chance de, mesmo em nosso isolamento, celebrar a Páscoa, quando também somos convidados a refletir sobre o significado que ela nos traz. Lembramos que Jesus cumpriu o ponto máximo da sua obra aqui na terra, sua morte e ressurreição, justamente na Páscoa, para que entendêssemos que Ele veio nos libertar, não da escravidão do Egito, mas da escravidão do pecado, representando a esperança de uma nova vida para toda a humanidade.

Em João 3:16 a Bíblia explica esse tão grande amor do nosso Senhor, afirmando que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito…”. O véu se rasgou, possibilitando a reconciliação do homem com Deus. Sim, isto é a Páscoa, ressurreição, vida e vida eterna para todos os que O receberem!

De forma poética o autor da carta de Tiago, refletindo sobre a falibilidade dos projetos humanos, define a vida como “um vapor que aparece por um pouco e logo se desvanece”. Isto confirma que a nossa vida, resumindo-se à duração da carne, é algo muito passageiro. Então, o que traz importância à vida? É exatamente o que Deus planejou para todo aquele que crer em Jesus como Salvador, a vida eterna! Em Jesus há vida abundante, eterna e feliz.

Para desfrutar desta vida eterna, é necessário que, enquanto estivermos na dimensão terrena da vida, tenhamos os nossos olhos voltados para ela, lembrando que o que fazemos nesta terra irá refletir eternamente. O que dá sentido à vida é exatamente viver segundo a vontade de Deus, de acordo com os princípios contidos na sua Palavra.

Quando reconhecemos a fragilidade da vida, “os meus dias são como a sombra que declina, e eu, como a erva, me vou secando” (Salmo 102:11), nos tornamos mais e mais dependentes de Deus, pedindo que Ele nos ajude a termos consciência desta inescapável realidade. Assim, de forma tranquila diremos como o Apóstolo Paulo, “quer vivamos, quer morramos, somos do Senhor”.

A vida que vale à pena é aquela pautada na experiência Paulina que diz “… a vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2:20).

Izilda Portela é graduada em Jornalismo, pós-graduada em Terapia de Família e em Liderança Avançada pelo Instituto Haggai Singapura.

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