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O maior amor do mundo

Évilin Bastin - 22/04/2019 05h00


“Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim”
(João 13:1).

Conforme nos aproximávamos da Páscoa, o pastor de minha igreja falava muito sobre a importância da última semana na vida de Jesus e de como os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João escreveram maior quantidade de capítulos e mais intensamente a respeito da última semana na vida de Cristo.

Minha mente viajou quando ele pregou sobre o capítulo 13 de João. Ele falou sobre as prioridades de Jesus em contraste com as nossas. Uma frase que ele disse fez com que eu me imaginasse com um diagnóstico terminal e sobre quais seriam as minhas últimas palavras às pessoas queridas. Jesus estava na iminência de partir desse mundo e, quem está para partir, geralmente não tem tempo para o que não é relevante. As coisas mais importantes para Cristo e para o Reino, Ele as tratou com Seus discípulos nessa última semana na terra. Ao reencontrá-los depois da ressurreição, voltou a enfatizar as mesmas coisas. O pastor traçou um paralelo entre as conversas de Jesus antes e depois da ressurreição, provando esse fato.

Amou-os até o fim. E o fim teve começo outra vez. E mais uma vez esperamos no amor Dele. O que é o “fim” para um Deus que tem toda uma eternidade atrás de si e à frente de si? A verdade é que Deus ama eternamente, do início de um ciclo ao término dele, e ao início de outro!

Mas, a verdade é que, num mundo em que nossas prioridades se perdem e passamos a enxergar mais as coisas passageiras em detrimento das que são eternas, é muito fácil perdermos de vista o que é eterno e o que é mais importante. Nessa passagem acima, o serviço ao outro como expressão de amor está sendo ensinado para os discípulos que estão mais preocupados com os jogos de poder e sobre quem seria maior no Reino de Deus.

O interessante é que o amor de Cristo faz o que é necessário. Pedro disse que não deixaria Jesus lavar seus pés e este lhe responde: “Se não lhe lavo os pés, você não tem parte comigo…” então Pedro, sempre passional e extremado, pede logo “um banho”. A versão parafraseada da Bíblia A Mensagem, de Eugene Peterson, deixa ainda mais claro o texto. Foi algo como: “Pedro, se você tomou banho, você já está limpo, só precisa limpar os pés”.

O amor de Cristo por nós não é somente um amor sem fim, mas um amor responsável, que faz o necessário, mas não mima, paparica e nem faz por você o que você pode fazer por si mesmo com as capacidades que Deus já lhe deu. O amor de Cristo é responsável, deseja o crescimento de todos nós na medida da estatura do Mestre, é um amor servil, que não se deixa escravizar.

Será que em minha infantilidade espiritual, tenho desejado ou pedido que Deus faça por mim o que Ele já me capacitou a fazer por mim mesmo? Em que estágio de maturidade estou com o meu Deus? Será que sou um bebê que ainda precisa ser banhado, trocado e carregado no colo? Ou estou crescendo diante de Deus para assumir minhas próprias responsabilidades, sem querer fazer de Deus meu servo, tentando levá-Lo a me servir naquilo que quero? Será que tenho servido aos outros como Cristo fez por mim, ou também olho para as pessoas como se meus servos fossem?

Sou capaz de seguir as prioridades de Cristo e não as minhas próprias?

Évilin Bastin é formada em Comunicação Social pela UFRJ e em Teologia pelo STBSB. Atuou como missionária pela JOCUM em diversos países e pela JMM na Índia por 3 anos. Atualmente é líder do ministério com estrangeiros na Gateway Community Church, estado de Wisconsin, EUA.
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