Marcelo Martins - 09/03/2018 05h00

“E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.” Efésios 5:2

EM UM DOMINGO DE OUTONO, eu estava aguardando o início de um momento de celebração a Deus, imaginando como resolver um sério problema financeiro. Comecei a orar em pensamento: “Jesus, preciso que o Senhor me abençoe com…”. Nem consegui concluir a frase quando notei que um amigo se aproximava. Ele parou perto de mim e começou a escrever sobre um livro que carregava. Achei que ele estava fazendo alguma anotação importante. Assim que terminou, ele me disse: “Eu gostaria de lhe dar isso.” E me entregou um cheque no valor exato que eu precisava! Eu não sabia o que dizer… Ele tocou em meu ombro e disse: “Acredito que Deus me motivou a fazer isso. E não quis perder a chance”.

Como um flash, uma frase que havia sublinhado num livro estalou em minha mente: “O amor é a ação que satisfaz necessidades.” Amar é agir em favor daquele que precisa, sem se preocupar com o tamanho do problema ou com o mérito do ato. Isso é andar em amor.

É interessante perceber como Jesus associava amor à ação: “Eu sou o bom pastor. Assim como o Pai me conhece, e eu conheço o Pai, assim também conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem. E estou pronto para morrer por elas” (João 10:15). Repare que o amor de Deus repousa na atitude de Cristo dar Sua vida por nós. O próprio Deus “amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Deus não amou por palavras; sua atitude, ao doar Jesus para se entregar por nós, visava à nossa necessidade de salvação.

É muito fácil declarar “eu te amo”. E quanto a agir pelo que representa essa declaração?

Dê o seu melhor / Isso é o que Deus quer / Faça alguém feliz / E alguém também fará por você. Refrão da música Dê o Seu Melhor, de Raiz Coral.

Marcelo Martins é pastor, editor, escritor e professor. Formado em Letras e MBA em Gestão Estratégica de Pessoas.