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No final da aula

João 20:29 “Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram”.

No final da aula

No final da aula / Foto: Divulgação

Marcelo Martins - 16/08/2017 05h00 | atualizado em 16/08/2017 05h01

Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram”. João 20:29

Ao entrar na adolescência, comecei a praticar Judô. A academia São Sebastião ficava perto de casa, e dava para ir a pé.

Nosso mestre, professor Argemiro, era uma daquelas pessoas difíceis de esquecer. Todos gostavam muito dele. Ele era atencioso e dedicado ao ensino; e fazia questão de tratar todos os alunos como filhos.

Mas uma coisa me intrigava… Eu nunca tinha visto o mestre Argemiro lutar. “Como ele poderia me ensinar Judô se nunca demonstrou suas habilidades em combate” – eu pensava. Em todo final de aula, eu sentia vontade de questioná-lo, mas meus colegas de tatame sempre me alertavam: “Não faça isso!”.

Eu sempre fui muito inquiridor. Sempre quis saber a razão das coisas. Um dia, eu acabaria colocando meu mestre contra a parede.

E não deu outra. No final de uma aula, estufei o peito, dei um passo à frente e perguntei:

Mestre, eu nunca vi o senhor lutar!” – eu disse em tom de desconfiança.

Alguns amigos tentavam desesperadamente me puxar de volta para o meu lugar.

Você quer me ver lutar?” – respondeu o professor com um sorriso de canto.

Mesmo um pouco assustado, respondi: “Sim, eu…”. Não deu tempo nem de completar a frase. Ele me pegou pelo quimono e começou a me derrubar de todas as formas imagináveis. Eu só conseguia ver minhas pernas voando para cima e para baixo, de um lado para outro. Eu mal conseguia respirar. Passei mais tempo no ar do que no chão.

Depois de uma sequência de dezenas de quedas, meu querido mestre finalmente parou.

Quer me ver lutar mais um pouco, filho?”.

Não, mestre. Já vi o suficiente…” – respondi todo esbaforido.

Passei uma semana com o quadril em frangalhos.

Às vezes, sentimos a mesma petulância pueril que eu tive quando nos relacionamos com Jesus. Será que você nunca pensou assim: “Ah, se Jesus me desse um sinal, ou fizesse um milagre na minha vida, seria bem mais fácil de acreditar.”?

Tomé só acreditou que Jesus havia ressuscitado depois que o viu pessoalmente. Muitos vivem assim. Acham que terão mais fé se presenciarem algo sobrenatural. Mera ilusão. Fé se constrói na confiança, e não na aparência. Jesus havia prometido várias vezes que ressuscitaria ao terceiro dia. Então, por que Tomé duvidou? Por que ainda duvidamos?

O que podemos aprender?

Primeiro, nunca desafie seu professor de Judô. Suas costas agradecem… Segundo, devemos acreditar em Deus não porque Ele faz prodígios e maravilhas, mas porque Ele sempre, sempre e sempre será fiel.

Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo”. 2 Timóteo 2:13

A fidelidade do Senhor é o alicerce da minha fé.

Vamos conversar com Deus?

Senhor Deus, ajude nas nossas fraquezas; infelizmente, ainda precisamos de sinais para manter a nossa fé acesa. Desperta em nós, ó Deus, a fé cujas raízes estejam fincadas na tua fidelidade. Assim oramos, em nome de Jesus. Amém”.

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