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Meu filho recuperado

Nancy Dusilek - 07/01/2019 05h00


Lucas 15.11-32 – “porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se” (v.24).

A parábola do filho pródigo é uma das mais conhecidas entre os cristãos. Dois filhos e um pai. Um dia o mais novo pede toda a sua herança antecipada, sai de casa e se distancia da família. Ele acaba gastando tudo o que tem e lembra-se que, na casa de seu pai, há abundância de comida. Assim, ele decide voltar e pedir perdão. O pai, quando o vê, faz essa linda declaração do verso 24. Ele não o acusa, não faz cobranças, não se vinga, mas abraça seu filho e o recebe. Que cena marcante!

Esse relato da volta do filho pródigo, que gastou todos os bens herdados de seu pai e acabou na miséria, é a fotografia de muitos cristãos que estão na igreja e, por várias razões, acabam se distanciando do convívio com seus irmãos na fé. Às vezes até por injustiças que nós praticamos, nos achando melhores crentes. Quando estes voltam arrependidos, sentem claramente o perdão do Pai, porque Deus é amor e conhece o íntimo de cada um.

O problema é o irmão mais velho. Leia os versos 25 a 32 novamente. Veja a reação desse irmão que deveria se alegrar, mas se recusa a chegar perto de casa. Ele não quer ver o irmão sendo homenageado pelo pai. Uma cena triste. Infelizmente, entre nós os cristãos, sempre há aqueles que olham para o filho pródigo com rancor, esquecendo-se da atitude do irmão mais velho, descrito nesta parábola. Aceitamos tranquilamente quem vem do mundo para Cristo e até fazemos festa com sua chegada, porém, assim como o filho mais velho da parábola, apontamos o dedo e recebemos mal aquele que retorna ao nosso convívio depois de um tempo afastado da igreja.

Não acreditamos no arrependimento do outro, marginalizamos, damos mil justificativas e nos esquecemos de que todos nós estamos sujeitos a ser também o filho que saiu e voltou. Ninguém está imune. Já diz a palavra: Quem está em pé…

A lição do pai amoroso deve ser vivida por nós na liberdade do Espírito. Cuidemos para não cairmos como o filho mais novo. Cuidemos também para que não sejamos fariseus, como o irmão mais velho, no julgamento de nosso irmão que caiu. Que possamos agir com bondade e misericórdia.

ORAÇÃO
Senhor, ajuda-me a perdoar meu irmão quando ele errar. Quero fazer festa quando um irmão meu que caiu for recuperado pelo Senhor. Livra-me do julgamento e distanciamento daquele que precisa da minha atenção e suporte.

Nancy Dusilek é formada em Educação Religiosa e Letras. Atua como escritora e palestrante. É membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil.
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