Forma versus Essência – parte final
Marcelo Martins - 10/12/2017 05h00 | atualizado em 10/12/2017 05h01
Na obra de Deus
O contraste entre forma e essência se evidencia mais quando nos dispomos a fazer a obra do Senhor.
Em Jeremias 48:10, lemos que: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente…“. Jeremias estava exortando pessoas que já trabalhavam para o Senhor, ou seja, líderes que teoricamente compreendiam que a essência era servir. Todavia, serviam de forma errada, não estavam trabalhando para Deus com excelência. Servir a Deus é a essência; fazer com excelência é a forma.
Qual era a essência da adoração no Antigo Testamento? Deuteronômio 4:39 deixa claro: “Pelo que hoje deves saber e considerar no teu coração que só o Senhor é Deus, em cima no céu e embaixo na terra; não há nenhum outro.” E qual era a forma? Êxodo 25:9 confirma: “Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.”
Considerar no coração que só o Senhor é Deus é a essência, e a forma se traduz em fazer tudo, exatamente tudo, conforme o Senhor ordenar. Precisamos adorar a Deus da maneira como Ele quer ser adorado, e não como nós imaginamos e queremos fazer!
O rei Davi compreendeu esse princípio quando disse: “Eis que eu moro numa casa de cedro, enquanto que a arca de Deus dentro de uma tenda” (2 Samuel 7:2). Davi percebeu que não adiantava adorar a Deus sem dar a Ele o melhor.
E Davi imprimiu essa mesma ideia no coração de seu filho Salomão, que posteriormente disse: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças” (Eclesiastes 9:10).
Há muitas pessoas querendo servir a Deus do jeito que os outros servem; e se frustram quando não conseguem. Deus quer que você o sirva conforme suas forças, nem mais nem menos. Isso é excelência!
Servi ao Senhor com alegria; e entrai diante dele com canto. Salmos 100:2
Marcelo Martins é pastor, editor, escritor e professor. Formado em Letras e MBA em Gestão Estratégica de Pessoas. |