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Expondo a nossa aflição

Expondo a nossa aflição

Expondo a nossa aflição / Foto: Pixabay

Israel Belo - 07/01/2021 05h00 | atualizado em 07/01/2021 09h51

Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou. ” Jó 1:20

D

iante de Deus e em sofrimento absoluto (mortes dos filhos e a própria doença), Jó apresenta as suas queixas.

O compositor brasileiro Verner Geier nos faz cantar a mesma realidade:

“Com a minha voz clamo ao Senhor,
com a minha voz ao Senhor suplico.
Diante dele a queixar-me eu estou,
diante dele exponho a minha aflição”.

De que se queixa Jó, na angústia do seu espírito? Ele se queixa da realidade dura da vida. Começa por lamentar que a sua vida seja tão passageira (durando tanto quanto um “sopro”) e que sua morte esteja próxima (pelo menos, é o que imagina).

Jó não conhece os próximos capítulos de sua vida, bem diferentes dos que imaginou, como nós também não sabemos, embora façamos prognósticos, por vezes sombrios; sombrios e ignorantes, porque não conhecemos o futuro.

Apesar de sua ignorância, Jó sabe de algo certo: [um dia] ele morrerá, nós morreremos. O modo como vivemos nem sempre indica que saibamos dessa verdade inexorável, ao nos acharmos tão sábios, tão fortes, tão influentes, tão amados, tão poderosos.

Além dessa dose de realidade, Jó tem a sua vida atrapalhada por sonhos e visões que o oprimem e deprimem. Jó atribui todo esse terror às ações de Deus, a quem chama de Espreitador (vigia), sempre em busca de uma falha humana. Mais uma vez, Jó se sente torturado e condenado por Deus.

Jó está enganado e não terá vergonha de reconhecer isto (Jó 42:2-6). Por ora, no entanto, só reclama. Nesse momento, ele não tem diante de si que foi feito um pouco menor do que Deus, sendo por ele coroado de honra e glória (Salmo 8:4). Nós já o sabemos. Jó é um filho amado de Deus, apesar do seu sofrimento. Eis o que somos também.

Israel Belo é graduado em Teologia e em Comunicação, pós-graduado em História, mestre em Teologia e doutor em Filosofia.

 

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