Em nosso lugar
Israel Belo - 02/06/2020 05h00 | atualizado em 02/06/2020 09h48
“A cruz é a vitória e a ressurreição é o triunfo. A ressurreição é a demonstração pública da vitória, o triunfo do crucificado”. (Leon Morris)
Fincada no alto de um conhecido monte
Era para que a visse quem perto passasse
Ou quem estivesse em longínquo horizonte
E o império que regia o mundo não desafiasse.
Naquele cenário muitas foram levantadas,
Milhares de vidas humanas foram cessadas.
Como em todas as penas capitais aplicadas,
Umas eram inocentes e outras, culpadas.
Todas acabaram esquecidas como banais,
Talvez celebradas com um rápido “bem-feito”,
Com os corpos deixados para o prazer dos chacais,
Exceto a que suportou o corpo de um inocente.
Dela arrancado, teve a honra de ser sepultado,
Enterrado sem tempo de ser perfumado.
Quando reabriram o túmulo, não foi encontrado.
Logo os seus entenderam que tinha ressuscitado.
O instrumento da dor agora vazio era certeza
Que a morte ontem vitoriosa fora vencida,
Que hoje podiam viver de cabeça erguida
E carregá-la no peito para força, na fraqueza.
Em nome dela, culpas foram e são confessadas.
Por causa dela, vidas foram e são transformadas.
Com ela, alianças de paz foram e serão assinadas.
(Em nome dela, abusos foram e são cometidos.
Para defendê-la, verdades foram e são impostas.
Nunca esperou o nela crucificado essas respostas.)
Ele por amor nela foi subido para trazer a paz.
Onde ela estiver, no coração, na igreja, na sala
É para dizer que não devemos escondê-la, calá-la.
(Não há causa para os ódios ou para os medos.)
Podemos perdoar como fomos perdoados,
Amar como somos por Deus amados
Porque foi morto um justo sem pecados
e juntos foram mortos os nossos pecados
Na cruz
De Jesus.
“Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram”. (Lucas 23.33)
Israel Belo é graduado em Teologia e em Comunicação, pós-graduado em História, mestre em Teologia e doutor em Filosofia. |
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