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Em busca de identidade

Em busca de identidade

Em busca de identidade Foto: Pixabay

Luciano Vergara - 29/02/2020 05h00

Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.” Gálatas 3:26

“I

deologia, eu quero uma pra viver”, Cazuza cantava há 30 anos. E essa ânsia por uma identidade, uma afinidade, tem sido marca de muitos que se sentem orfanados e sem pertencimento a um lugar, uma bandeira, um discurso, uma crença. E, como ovelhas sem pastor, rebanhos de gente desconhecem – ou rejeitam – sua origem e o caminho que os trouxe à atualidade.

Chega a ser preocupante que tantos jovens, ao redor do mundo, se imaginem integrando às hostes de algum movimento terrorista internacional por não terem o mínimo senso de pertencimento.

No curso da vida, podemos demorar a entender que é necessário ter perseverança e insistir em projetos vitais. Mesmo quando algumas tentativas não oferecem resultado imediato. Os projetos mais importantes na vida, como ter formação profissional ou fazer uma família, realizar trabalhos que dão satisfação ao mesmo tempo em que são positivos para outros ou algo que conduza a uma melhor qualidade de vida para a coletividade, tudo isso leva tempo, desde sua concepção, conjugação de esforços, maturação, frutificação, aceitação e avaliação.

Nesse, às vezes, longo processo é que se testa o conjunto de princípios que melhor nos ajudam a alcançar os objetivos. A ideologia apenas expressa os valores que elegemos para nortear nossas ações e posições ao longo da vida, delimitando nossas ações. Mas normalmente não inventamos valores; nós os aprendemos, recuperamos e introduzimos em nossa conduta a partir de um modelo. Daí em diante, essa será nossa matriz ideológica.

E que melhor modelo adotar do que Jesus? Ele é que diz: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Lucas 21:33).

Durante seu ministério entre Judeia e Samaria, Jesus confrontou pessoas disponíveis a toda e qualquer nova empolgação. Ele até repreendeu os próprios discípulos, que cogitavam pedir o castigo divino contra os que se opunham ao Mestre Jesus (Lucas 9:54-56). E outros, que estavam afoitos para segui-lo, foram dissuadidos pelo Senhor, que estipulou os critérios para o discipulado: a disponibilidade para acompanhá-lo nas diversas – e às vezes duras – experiências missionárias e a fidelidade aos compromissos e prioridades do Reino.

Pertencer a Jesus como um discípulo ou discípula, e reproduzir em nosso tempo o seu Reino de paz é o melhor projeto em que podemos nos engajar.

Luciano Vergara é pastor metodista, professor do Seminário Teológico Betel e jornalista.
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