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Convivendo com as tragédias

Convivendo com as tragédias

Convivendo com as tragédias Foto: Pixabay

Gilton Medeiros - 19/10/2020 05h00

Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra.” Salmo 34:19

Não se passa uma semana sequer sem que notícias de tragédias impactem as nossas vidas. Mesmo com toda dor e tristeza que os desastres nos causam, creio que não se
deve desperdiçar a oportunidade de refletir sobre eles. Até porque, é preciso aprender a lidar com as tragédias e suas consequências!

Se pararmos para pensar, veremos que uma tragédia, normalmente, é precedida por sinais que nos ajudam a perceber a sua eminência. Seja numa tragédia causada por fatores naturais – como num deslizamento de terra, ou numa enchente, ou em desastres provocados pelo descaso ou irresponsabilidade humana – como no rompimento da barragem de rejeitos da Samarco em Mariana, Minas Gerais, ou até mesmo no incêndio da boate Kiss em Santa Maria, no Rio Grande do Sul – os indicadores são claros e relativamente fáceis de serem percebidos. Basta uma análise de cada uma dessas tragédias para se ver o que só a negligência impediu de se enxergar e as providências que foram deixadas de lado e que poderiam evitar o pior.

Outra coisa que descobrimos é que as consequências de uma tragédia vão muito além dos danos imediatos. Ainda citando o terrível caso de Santa Maria, a primeira e mais dolorosa consequência dessa tragédia foram as 231 vidas ceifadas, seguida da destruição do imóvel que abrigava a casa de shows, o encerramento de suas atividades, além de liquidar a carreira dos integrantes da banda. E, ainda, a destruição dos sonhos de centenas de famílias. Na sequência, a tragédia continuou provocando mortes, gerando despesas com advogados, indenizações e reparações.

Mas as consequências de um desastre como esse não ficam só nos impactos iniciais. Em longo prazo as tragédias geram desdobramentos inesperados e até positivos. Uma das consequências dessa tragédia foi, por exemplo, o aumento da fiscalização das casas de espetáculos de todo o país e, o que se verificou, é que o descaso e negligência era (e é) mais comum do que se pensa.

E, em nossas vidas? Como lidar com as tragédias, especialmente quando elas nos atingem? Se pensarmos bem, de imediato, uma tragédia nos priva da presença da presença de Deus ou da alegria da salvação; pode nos afastar da igreja e dos irmãos; e pode nos fazer sofrer com as decepções. Mas numa perspectiva mais distante, uma tragédia pode nos levar – paradoxalmente – a uma maior maturidade e melhor apreciação do amor de Deus e, no futuro, pode nos ajudar a viver uma vida vitoriosa.

Você já enfrentou alguma tragédia em sua vida? Como lidou com ela? Ela serviu para lhe ensinar alguma coisa ou só lhe causou revolta? Enfrentar tragédias faz parte da experiência humana. Desde o Éden estamos na luta contra a tragédia maior que foi a nossa queda, mediante o pecado. Por isso, mais que nunca, o nosso desafio é encarar as tragédias inevitáveis e, capacitados pelo poder de Deus, fazermos delas uma oportunidade para viver melhor!

Gilton Medeiros é pastor da Igreja Batista Jardim Santíssimo, na cidade do Rio de Janeiro. Atua também como Diretor Executivo do CJC – Ministério Vida Radiante, é editor do Jornal Novas e escritor.
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