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Aqui, agora e na eternidade

Carlos Bregantim - 17/07/2020 05h00


Quando digo, até porque eu creio assim, que “se a vida não tiver uma ressonância eterna, nada faz sentido”, não estou dizendo que o “aqui e o agora” não tenham significados tão sagrados quanto o que chamo de “significados eternos”. Antes, esta minha afirmação tem a ver com a intensidade com que procuro viver cada segundo da minha existência, buscando não desperdiçar nada.

Estou vivendo meus primeiros 64 anos, que completei no dia 17 de outubro e guardo em minha memória os segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, lugares, nomes, pensamentos, sentimentos, percepções, sensações, desejos, sabores, cores, alegrias, tristezas, conquistas, derrotas, ganhos, perdas, experiências, enfim, uma vida carregada de significados pontuais, temporários, permanentes que vão compondo minha existência. Vivo como se não houvesse o amanhã. Amo como se não houvesse outro tempo para amar. Busco imprimir no meu hoje, tudo o que é possível imprimir.

Entristeço-me quando me vejo banalizando a vida e tratando com leviandade tudo o que ela tem a me oferecer. Pra mim, quase nada é vulgar, mas tudo tem seu valor aqui e agora. Tanto que estou vivendo diversas dores nestes últimos tempos e, destas dores todas, tenho extraído o que há de melhor em tempos difíceis. Não me refiro apenas às dores ligadas à minha realidade pessoal, familiar. Não! Minhas dores se estendem para fora, para tudo e para todos.

Vivo acolhendo o amor, amando e me deixando amar, mas encarando os sentimentos estranhos que me acometem diante do descaso com que a vida é tratada, tanto a minha vida como a de tantos cuja existência é desprezada.

Pra mim o hoje é tão carregado de significados quanto a eternidade que está acontecendo à medida que considero cada momento como um “agora eterno”.
Pra mim o hoje está acontecendo em inúmeras dimensões.
Pra mim, por causa da eternidade em mim, a vida se expande quanto mais eu empurro as paredes da existência. Quanto mais expandidas maior a vida fica.
Pra mim isto tudo tem a ver com minha fé, que imprime esperança em mim e me lança para o universo do amor, onde nada tem fim, pois o amor é o que permanecerá para sempre.

Carlos Bregantim é autor do livro Bora pra Vida – volumes I, II e III e mentor do Caminho da Graça em São Paulo.
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