Leia também:
X O Deus da superação

A paz que o mundo não conhece

Évilin Bastin - 24/04/2019 05h00 | atualizado em 24/04/2019 11h58


“Deixo-lhes a paz; a minha paz vos dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os vossos corações, nem tenham medo”
(João 14:27).

Todos nós desejamos viver em paz, sem medo, em liberdade plena. Mas estamos cercados de contingências, acidentes, e da “roda viva que carrega o destino pra lá”, como diria Chico Buarque. Paz para o mundo é se precaver da melhor maneira possível. Se tenho uma gorda poupança, se tenho um bom plano de saúde, um bom emprego, tenho mais chances de ter alguma paz. Posso “comprá-la”.

Mas a paz de espírito não é dada como no mundo. O mundo a dá em troca de sacrifícios, de trabalho, de comprometimento ético muitas vezes, ou ainda em forma de venda e lucro. Mas a lógica divina é de dádiva mesmo, pois Sua paz é gratuita, nós a aceitamos ou não. É uma paz que vai além do nosso entendimento, porque ultrapassa o que é palpável. Viver essa paz em um mundo caótico e cheio de revezes a cada esquina, é só para os fortes que, vale lembrar, só o são quando se tornam vulneráveis na presença da Fortaleza das fortalezas!

Diz-se que para cada dia do ano há um “não temas” na Bíblia. E Jesus, neste texto de João, nos encoraja, uma vez mais, a não temer. As palavras testamentárias de Cristo, literalmente as que se referem à herança espiritual que Ele desejou nos deixou antes de partir desse mundo de volta par ao Pai, têm a ver com a total confiança em Deus. Ele não prometeu facilidades, Ele não prometeu mudar as circunstâncias, Ele não prometeu nos tornar super heróis. Ele nos garante, entretanto, a Sua Paz dentro de nós em meio a todas essas coisas. Isso não é pouca coisa!

Lembrar que o Espírito Santo de Deus se repartiu para viver dentro de cada um de nós e nos garantir, dentre muitas outras coisas, a paz que a Sua presença traz, torna a nossa esperança ativa e eficaz. Nos momentos difíceis, em meio às dores emocionais, físicas e espirituais, em meio às batalhas que travamos contra as trevas, a paz de Deus em nós é difícil de ser compreendida através da lógica mundana. O mundo não a compreende porque está acostumado a buscar a paz através das guerras, a alcançar a paz através de paliativos que nunca resolverão o cerne da questão.

Por que ainda sinto a falta de paz se já entreguei a minha vida a Cristo? Será que de fato experimentei o descanso no poder de Deus e em Sua vontade, mesmo estando em um mundo em que as circunstâncias são contrárias a mim? A paz é uma decisão que eu tomo ou um estado de espírito que alcanço por meio de alguma técnica de respiração e meditação? Seria ela a certeza de uma presença dentro de mim que a minha razão, por si só, não nem tem como gerenciar? Paz é ausência de conflitos e de tumultos diários?

Que a confiança nessa presença apaziguadora do Espírito em nós faça-nos ressuscitar em uma confiança muito mais profunda e novas perspectivas diante da vida. Que nossos sentimentos sejam guiados por ela de forma inequívoca, para que possamos experimentar essa doce paz que só existe na presença de Jesus.

Évilin Bastin é formada em Comunicação Social pela UFRJ e em Teologia pelo STBSB. Atuou como missionária pela JOCUM em diversos países e pela JMM na Índia por 3 anos. Atualmente é líder do ministério com estrangeiros na Gateway Community Church, estado de Wisconsin, EUA.
Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.