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A menina e a montanha

Atilano Muradas - 08/06/2020 05h07

“Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para lá, e ele passará; e nada vos será impossível” (Mateus 17.20).

Nos cultos e nas reuniões de cristãos, bem como em conversas do dia a dia, constantemente ouvimos sobre ter fé, exercer a fé, desenvolver a fé, enfim, colocar a fé em prática. E foi em uma dessas reuniões, na chamada Escola Dominical, que certa menininha aprendeu uma lição a respeito de Mateus 17.20: “Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para lá, e ele passará; e nada vos será impossível”. Coincidentemente, esse era exatamente o problema que ela vivia diariamente: uma montanha em frente a sua casa, e que ela precisava contornar, todos os dias, para chegar à escola.

Sendo assim, na noite daquele dia em que aprendera a chave para resolver o seu principal problema, momentos antes de dormir, a menininha abriu sua janela que dava para a montanha, recitou o versículo, puxou toda a sua fé de dentro da alma, e orou fervorosamente pedindo a Deus que aquela montanha fosse retirada daquele lugar e não a perturbasse mais. E foi dormir toda confiante. Na manhã seguinte, a menininha correu até a janela para contemplar a resposta da sua oração. Quando abriu a janela, sabe o que ela viu? A montanha! Exatamente no mesmo lugar.

Como se conclui, a oração nem sempre surte o efeito que desejamos. Isso, porque de Deus devemos esperar apenas uma das três respostas, a saber: ou “Sim”, ou “Não”, ou “Espere”. E essa última nem sabemos por quanto tempo esperaremos até receber o resultado final.

A resposta de uma oração depende de uma confluência de fatores. O primeiro é a disposição de orar; o segundo, a calma para esperar a resposta; e o terceiro fator, saber receber a resposta que pode ser qualquer uma das três. Oração não é uma varinha mágica que move céus e terra em função dos nossos desejos.

Portanto, no dia de hoje, eu gostaria que você revisasse os seus pedidos de oração, incluindo aquelas montanhas que precisa remover da sua vida. Primeiro: você já orou por todos esses pedidos? Segundo: em que fase está cada um deles? “Sim”, “não” ou “espere”? Terceiro: como você tem reagido aos “nãos”, aos “sims” e aos “esperes” de Deus?

Esta terceira pergunta encontra pessoas esquecidas de agradecer pelos “sims” e pelos “nãos”, e pessoas ansiosas por causa dos “esperes”. Eu nunca soube de montanhas que “literalmente” saíram de um lugar e foram para outro, portanto, a oração da menininha parece que nunca foi respondida. Espero que ela esteja grata, mesmo assim, pois, Deus sempre tem a melhor resposta para os seus filhos e filhas. Pense nisto!

Atilano Muradas é jornalista, teólogo, escritor, compositor e palestrante. Possui 11 CDs gravados e cinco livros publicados. Recebeu o Prêmio Areté, em 2004, colaborou na Bíblia Brasileira de Estudos (BBE), é compositor de vários musicais e articulista de periódicos nacionais e internacionais. @atilanomuradas

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