A arte de reagir
Israel Belo - 12/06/2019 05h00 | atualizado em 12/06/2019 05h05
“Quem é violento na oposição será tirânico no poder”. (Eduardo Girão)
Agir e reagir são as avenidas por onde nossas vidas correm.
Ao agirmos, que seja com propósito definido, discernimento claro e honestidade a toda prova.
Ao reagirmos, que seja com sabedoria, serenidade e santidade.
Antes de reagir, precisamos primeiro avaliar corretamente o que foi dito e feito, sob o risco precipitado de ouvir o que não foi afirmado e ver o que não aconteceu.
Precisamos avaliar a intenção do outro. Talvez sua ação tenha sido inadequada, mas a sua intenção visava o nosso bem. Se foi assim, nossa reação deve ser adequada.
Precisamos esperar, sem bater de pronto, até que a pressão diminua ou passe. A paciência nos faz errar menos e, mesmo, não errar.
Precisamos cuidar para que a nossa raiva, talvez legítima, não se transforme em ódio, sempre ilegítimo e muito distante do ideal da santidade que devemos buscar o dia todo.
Se ao outro faltou calma para conosco, a serenidade não deve estar ausente em nossa resposta, a menos que queiramos fazer o que condenamos.
Nossos gestos devem ter a mesma disposição que esperamos do outro em relação a nós.
Ao reagirmos, que não seja desproporcional ao que recebemos e que não vise a eliminação do outro. Que jamais fuja do nosso coração o propósito da paz, da qual nunca nos arrependeremos, mas sempre festejaremos.
“Não façam nada por interesse pessoal ou vaidade, mas por humildade, cada um considerando os outros superiores a si mesmo”. (Filipenses 2.3)
Israel Belo é pastor da Igreja Batista Itacuruçá, na Tijuca, Rio de Janeiro, graduado em Teologia e Comunicação, pós-graduado em História, mestre em Teologia e doutor em Filosofia. |
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