Médico que inspirou filme cristão dá testemunho
Filme "Deus Não Está Morto" é baseado na vida de médico chinês
Gabriela Doria - 12/07/2017 17h04 | atualizado em 14/07/2017 15h02
O cinema cristão internacional tem ganhado cada vez mais espaço no mercado. Prova disso é o filme “Deus Não Está Morto”. A obra teve ampla aceitação de público, lotou cinemas e conquistou grande bilheteria, além de gerar continuações. No entanto, o sucesso do filme também pode ser atribuído ao homem que o inspirou, o chinês Ming X. Wang.

Durante entrevista ao site americano Tennessean, Wang falou sobre sua conversão ao cristianismo. Hoje um oftalmologista reconhecido em sua área, o chinês cresceu em uma família ateia que valorizava somente a ciência e a educação acadêmica. Não havia estímulo religioso – este, inclusive, era renegado pela ideologia comunista de seu país.
Com 21 anos, sua família o enviou aos Estados Unidos para que ele pudesse cursar medicina em Harvard. De acordo com os pais, o comunismo que influenciava a China era prejudicial ao desenvolvimento educacional do rapaz. A conversão de Wang começou quando, no curso de medicina, ele se deparou com questionamentos que não poderiam ser respondidos somente pela ciência.
– Eu aprendi que o número de sinapses no cérebro de uma pessoa é maior que todas as estrelas que já foram descobertas no universo. Eu calculei que, matematicamente, teria levado trilhões e trilhões de anos, para uma estrutura tão complexa, como o olho humano, evoluir aleatoriamente, já que o universo existe há apenas 13 bilhões de anos – afirmou o oftalmologista.
O fator decisivo de sua conversão foi quando Wang percebeu que a ciência que ele havia tomado como referência em sua vida não era capaz de explicar as evidências da pesquisa.
– A ciência sozinha não consegue explicar como uma estrutura tão complexa como olho é formado – completou o chinês.
Os questionamentos do jovem estudante despertaram a atenção de um professor. O acadêmico, então, apresentou a ele alguns argumentos que indicavam a existência de Deus. Sem conseguir refutar os fundamentos do professor, Wang se converteu ao Evangelho.
– Eu percebi que a fé e a ciência têm duas finalidades diferentes, elas são os dois lados da mesma moeda: a ciência fala sobre o que as coisas são, e a fé fala sobre por que as coisas são – explicou o médico.
Ainda na visão de Wang, o filme “Deus Não Está Morto” teve um papel importante para disseminar sua história de encontro com o cristianiso. Segundo ele, crer em Deus e trabalhar guiado pela fé é o que o motiva a exercer a medicina e ajudar as pessoas.