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Desembargador federal William Douglas defende Bruna Karla

Magistrado disse considerar "um absurdo" a campanha feita contra a cantora nas redes sociais

Paulo Moura - 16/06/2022 16h57 | atualizado em 17/06/2022 11h12

William Douglas Foto: Reprodução/Print de vídeo YouTube William Douglas

O desembargador federal William Douglas, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, defendeu a cantora Bruna Karla, alvo de intolerância religiosa em razão de um comentário feito por ela em dezembro do ano passado. Na ocasião, a artista relatou uma conversa que teve com um amigo homossexual a quem disse que não cantaria no casamento dele por causa de sua fé.

Para o magistrado, que é cristão, a campanha feita nas redes sociais contra a cantora é “um absurdo”. O desembargador destacou a importância do respeito à diversidade de opiniões e disse que “todos nós temos amigos com visões de mundo diferentes, as quais respeitamos, mas não aderimos”.

– Quando alguém não aceita um convite meu para ir à igreja dizendo que não apoia/concorda com como a igreja age, eu: primeiro, respeito a opinião da pessoa; segundo, continuamos amigos; [e] terceiro, não saio dizendo que essa pessoa é cristofóbica – disse Douglas ao Pleno.News.

O desembargador completou dizendo que o fato de não concordar com determinado posicionamento é um direito previsto na Constituição Federal e que “há muito espaço para a coexistência na diversidade, desde que um respeite as limitações do outro”.

– Discordar não é fobia, mas um direito previsto na Constituição – concluiu.

SOBRE O CASO
Em uma entrevista concedida por Bruna Karla ao podcast Positivamente, da apresentadora Karina Bacchi, em dezembro do ano passado, a cantora relatou uma conversa que teve com um amigo homossexual a quem disse que não poderia cantar no casamento dele em razão de sua fé.

– Fui bem sincera [com meu amigo] e disse: “Ah, quando você se casar com uma mulher linda e cheia do poder de Deus, eu vou sim” (…). O dia que eu aceitar cantar em um casamento com outro homem, eu posso parar de cantar sobre a Bíblia e sobre Jesus – afirmou.

Até o início da tarde desta quinta-feira (16), o nome de Bruna foi aos assuntos mais comentados do Twitter, com acusações de homofobia. O ex-BBB Gil do Vigor foi um dos famosos que repercutiram, dizendo que a cantora foi preconceituosa.

– De fato, quando Jesus aparecer alguém irá se envergonhar e não é seu amigo gay, mas sim você por sua atitude preconceituosa! João 14 fala que Deus nos chama de amigos e a palavra amigo é forte demais para ser sustentada com base no preconceito e falta de amor ao próximo – postou.

Por outro lado, Bruna também recebeu o apoio de cristãos e de líderes religiosos. Ao Pleno.News, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), defendeu a cantora e disse que é direito dela cantar onde quiser.

– Estamos em uma democracia, ela é livre pra cantar onde ela quer e não onde os outros determinam. Que país é esse? Que questões são essas? Você é livre pra ir pra vida, isso é princípio, constitucional, democrático. Liberdade da pessoa. Qual é o problema? Ela tem o direito de querer cantar e não cantar – completou o pastor.

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