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China bloqueia aplicativo cristão com sermões bíblicos

Desde março há uma lei que proíbe a veiculação de conteúdo religioso que não é autorizado pelo governo

Leiliane Lopes - 12/09/2022 16h38

CathAssist oferecia sermões bíblicos aos cristãos católicos chineses Foto: Reprodução ChinaAid

Um aplicativo cristão foi banido da China após a empresa responsável não conseguir autorização junto ao governo, liderado pelo Partido Comunista da China (PCC), para manter o app no ar.

Com o nome de CathAssist, a ferramenta católica oferecia sermões bíblicos, conteúdo proibido desde março, quando uma rigorosa lei contra os cristãos foi imposta no país.

– Desde a implementação de [novas regras] em 1º de março, fizemos vários esforços para solicitar uma Licença de Serviço de Informações Religiosas da Internet. Tomamos várias ações, incluindo suspender o compartilhamento, alterar nosso nome, ajustar o conteúdo, mas obter uma licença requer uma redução muito maior na funcionalidade e no conteúdo – diz a equipe do aplicativo.

O CathAssist dava apoio aos cristãos católicos tão perseguidos pelas autoridades. Um católico da província de Hebei, no norte da China, que não quis ser identificado, disse que instalou o aplicativo há muito tempo e que foi ajudado pela ferramenta.

– Eu usei o CathAssist para ouvir o padre explicando a Bíblia todos os dias, assim como muitos outros conteúdos espirituais católicos – declarou o homem que sentiu muito por não ter mais o aplicativo disponível em seu país.

A nova legislação em vigor na China restringe a veiculação de conteúdo religioso que não é autorizado pelo governo.

RETALIAÇÃO
Mas além disso, o app católico pode ser vítima de uma retaliação, como explicou a rádio Free Asia. Segundo a publicação, o PCC ainda está contra a Igreja Católica por causa do apoio dado ao protesto de 2019 que aconteceu em Hong Kong.

O analista estratégico de Taiwan Shih Chien-yu entende que desde então, o governo chinês tem aumentado a repressão aos católicos em seu país.

Insatisfeito com o apoio, o bispo de Hong Kong foi demitido e um padre pró-China foi nomeado em seu lugar. Além disso, segundo Chien-yu, os católicos chineses também estão sendo forçados a aceitar rituais que foram fortemente revisados ​​pelo PCC, citando o recente aparecimento de estátuas da Virgem Maria vestidas para se parecerem com a imperatriz Cixi.

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