Pleno.News - 28/04/2025 08h54 | atualizado em 28/04/2025 10h05

Vários cardeais confirmaram que a data para o início do conclave para eleger o sucessor de Francisco será definida nesta segunda-feira (28). As informações foram passadas enquanto eles se dirigiam à quinta congregação geral, os encontros nos quais os cardeais que entrarão na Capela Sistina estão se conhecendo e traçando um perfil para o próximo pontífice.

O cardeal italiano Fernando Filoni, de 79 anos, está certo de que nesta segunda “será alcançado um acordo” para escolher a data, assim como Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal italiana, um dos nomes mais citados entre os candidatos papais, que também confirmou que a data será escolhida nesta segunda.

Quase tudo aponta para o dia 5 de maio como data de início do conclave, embora os cardeais que falaram nesta segunda considerem o dia apenas como “provável”.

Após os “novemdiales“, os nove dias de luto com celebrações eucarísticas por Francisco, que começaram com seu funeral, a data do conclave deve ser definida para uma data entre 5 e 10 de maio, para respeitar o máximo de 20 dias após a morte do pontífice, conforme modificado por Bento XVI para agilizar o processo de escolha.

Os mais relaxados ao entrarem na Sala do Sínodo, onde são realizadas as grandes assembleias no Vaticano, são os maiores de 80 anos que não poderão eleger o novo papa, como o mexicano Norberto Rivera, de 82 anos, que lembrou que esses assuntos não são de sua responsabilidade.

O cardeal Giuseppe Versaldi, de 81 anos, também é um dos que mais fala com a imprensa e acredita que quase certamente a data será anunciada nesta segunda-feira. Por sua vez, o cardeal venezuelano bispo emérito de Caracas, Baltazar Enrique, espera que o próximo pontífice “continue os caminhos do papa Francisco, especialmente o que vimos na sinodalidade, como servos e não superiores a ninguém”.

– Sim, claro, eles dirão a data hoje – assegurou ao entrar na primeira reunião após o funeral de Francisco, realizado no último sábado (26).

O argentino Angel Sixto Rossi, de 66 anos, arcebispo de Córdoba, comentou que os cardeais viverão esses dias de congregação com “a esperança de dar uma mão para encontrar a figura” que os ajudará a “continuar caminhando”.

– Começamos agora, a rezar, com o desejo de encontrar uma figura que tenha a coragem de continuar sua individualidade. Ele não precisa ser como o papa Francisco, mas não deve perder o caminho da misericórdia que iniciou – opinou Rossi, que foi nomeado cardeal pelo pontífice argentino em seu último consistório.

Os cardeais que entram no Vaticano pela chamada porta do Santo Ofício usam um crachá pendurado no pescoço com seu nome, nacionalidade e o posto que ocuparão na sala, para que possam se identificar.

Nestes contatos iniciais, os cardeais de 71 países diferentes reconhecem que tiveram pouco tempo para se conhecerem e, portanto, precisam de tempo para se familiarizar, comparar opiniões e identificar potenciais candidatos.

Dos 133 que entrarão na Capela Sistina, 108, ou 80% deles, foram escolhidos pelo papa Francisco durante seus 12 anos de pontificado e dez consistórios, mas isso não significa que todos sejam “bergoglianos”; muitos deles nunca se conheceram na vida porque vêm de lugares tão periféricos como Mongólia, Irã e Papua Nova Guiné, e vêm de realidades muito diferentes e com ideias completamente divergentes.

*EFE

Leia também1 Governo Lula faz contrato de R$ 328 milhões com alvo da PF
2 Ministro Mauro Vieira se reúne com chanceler da Rússia no Rio
3 Brasileira está entre os 11 mortos em atropelamento no Canadá
4 Direita reage à fraude no INSS com memes nas redes sociais
5 Zé Trovão defende Sóstenes e chama Dino de 'cachorro do Lula'