Tandara critica presença de Tifanny no vôlei feminino
Jogadora do Osasco acredita que a transexual leva vantagem por ter sido homem até os 29 anos
Emerson Rocha - 03/02/2018 13h30 | atualizado em 05/02/2018 10h55
O confronto entre as duas maiores pontuadoras da Superliga feminina de vôlei aconteceu na noite desta sexta-feira (2). O Osasco, de Tandara, derrotou o Bauru, de Tifanny, por 3 sets a 2. Mas no duelo individual, um empate. Ambas marcaram 31 pontos na partida.
Mesmo com a vitória, a oposta da Seleção não escondeu seu descontentamento com a liberação da adversária para atuar entre as mulheres, já que Tifanny é transexual.
– Eu respeito a história dela, para a sociedade é muito importante, dar a cara para bater, é uma pessoa que eu respeito muito. É um assunto delicado. Eu estava segurando para falar sobre isso porque estava esperando nosso confronto. Estudei, falei com muita gente sobre o assunto, tive um respaldo e eu não concordo com ela jogar no vôlei feminino – afirmou Tandara.
Durante o jogo, não houve qualquer tipo de rivalidade entre as duas. Mas Tandara deixou claro quais são os argumentos para criticar a presença de Tifanny no vôlei feminino.
– A puberdade dela inteira se desenvolveu como sexo masculino. Não é preconceito, é fisiologia. Precisamos saber diferenciar isso. O pulmão dela é maior, o coração dela é maior, o quadril dela é menor, por isso é mais fácil dela saltar – explicou.
A jogadora Tifanny, do Bauru, nasceu do sexo masculino, com o nome de Rodrigo, e chegou a disputar competições com homens até os 29 anos. Nesse período, foi iniciado o processo de transição de gênero.
Dois anos depois, a transexual atendeu todos os padrões recomendados pelo Comitê Olímpico Internacional para atuar entre as mulheres. Ela começou na Itália e atualmente atua na Superliga.
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