Jade Nunes - 21/01/2018 12h22 | atualizado em 12/04/2018 08h10

A bicampeã olímpica Sheilla criticou a presença da transexual Tifanny, do Bauru, na Superliga Feminina. A declaração foi dada do programa web Dibradoras, dirigido e produzido exclusivamente por mulheres.

– É realmente muito polêmico esse assunto. Antes do Natal, eu dei uma entrevista sobre isso e, na época, eu estava meio por fora. Conversei com a Fabiana sobre isso, e ela disse: “Espera para ver ela jogar”. Depois que vi uma entrevista do médico Paulo Zogaib, mudei de opinião. Hoje sou contra. Ela tem a força de um homem. Eu e a Fabiana estávamos falando sobre isso outro dia. Imagina se isso vira uma onda, por que não precisa mais de cirurgia. Imagina se todos os gays decidem jogar a Superliga? Vai ficar complicado, porque não temos como competir com eles – disse a jogadora durante o programa.

Sheilla é, até o momento, uma das poucas esportistas do vôlei a comentar sobre o assunto. A ex-jogadora Ana Paula foi a primeira se posicionar contra a liberação de Tifanny pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

Desde 2016, o COI permite a participação de mulheres trans em competições femininas, desde que estejam com a testosterona controlada. Ainda assim, médicos chamam a atenção para a diferença biológica, e de força, entre homens e mulheres, mesmo para quem faz tratamento com hormônios.

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