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Piquet nega intenção racista em fala e pede desculpas a Hamilton

Brasileiro ressaltou que o termo usado por ele é amplamente utilizado como sinônimo de "cara" ou "pessoa"

Paulo Moura - 29/06/2022 12h31 | atualizado em 29/06/2022 12h49

Nelson Piquet Foto: EFE/Szolt Czegledi

O ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet divulgou uma nota oficial nesta quarta-feira (29) com um pedido de desculpas a Lewis Hamilton por tê-lo chamado de “neguinho” durante uma entrevista concedida em novembro do ano passado. O tricampeão de 69 anos citou um equívoco na tradução do termo, destacando que a palavra é usada coloquialmente no Brasil.

– O termo usado é aquele que tem sido amplamente e historicamente usado coloquialmente no português brasileiro como sinônimo de “cara” ou “pessoa” e nunca teve a intenção de ofender – afirmou.

No trecho da entrevista que passou a circular nas redes sociais no último final de semana, o ex-piloto brasileiro chama Hamilton de “neguinho” ao comentar um acidente envolvendo o inglês e o rival Max Verstappen durante o Grande Prêmio de Silverstone de Fórmula 1, na Inglaterra, no ano passado.

– O neguinho meteu o carro e não deixou [Verstappen desviar]. O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se f****. Fez uma p*** sacanagem – criticou Piquet, em entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira na época.

Após a repercussão da declaração de Piquet, Lewis Hamilton chegou a se pronunciar nesta terça-feira (28). Escrevendo em português, o heptacampeão de Fórmula 1 pediu foco em “mudar a mentalidade”. Na sequência, já em inglês, o piloto disse que “mentalidades arcaicas” precisavam mudar.

– É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Eu fui cercado por essas atitudes e fui alvo delas a minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação – declarou, sem citar Piquet.

Confira a nota oficial de Nelson Piquet:

Gostaria de esclarecer as histórias que circulam na mídia sobre um comentário que fiz em uma entrevista no ano passado. O que eu disse foi mal pensado, e não defendo isso, mas vou esclarecer que o termo usado é aquele que tem sido amplamente e historicamente usado coloquialmente no português brasileiro como sinônimo de “cara” ou “pessoa” e nunca teve a intenção de ofender.

Eu nunca usaria a palavra da qual fui acusado em algumas traduções. Condeno veementemente qualquer sugestão de que a palavra tenha sido usada por mim com o objetivo de menosprezar um piloto por causa de sua cor de pele.

Peço desculpas de todo o coração a todos que foram afetados, incluindo Lewis, que é um piloto incrível, mas a tradução em algumas mídias que agora circulam nas redes sociais não está correta. A discriminação não tem lugar na F-1 ou na sociedade e estou feliz em esclarecer meus pensamentos a esse respeito.

*Com informações AE

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