Pierre Borges - 31/08/2021 15h17 | atualizado em 31/08/2021 15h45

Nascido com as pernas e o braço esquerdo subdesenvolvidos em decorrência de uma tentativa de aborto, o filipino Ernie Gawilan, de 30 anos, tornou-se um atleta e terminou em quarto lugar na disputa dos 400 m livres da natação, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

– Eu devo ter sido um bom nadador até mesmo no ventre da minha mãe, porque eu sobrevivi ao aborto. Eu só nadei – disse ele em uma entrevista.

Gawilan foi abandonado pelo pai e ficou órfão da mãe aos 5 meses de idade, quando passou a ser criado pelos avós. Ele entrou para a delegação nacional das Filipinas em 2008, a convite de um atleta que, mesmo derrotando-o, reconheceu seu potencial.

Em 2016, no Rio de Janeiro, o filipino disputou uma Paralimpíada pela primeira vez, mas não ganhou medalhas. Apesar disso, ele protagonizou um curta-metragem sobre sua própria trajetória.

Gawilan foi o primeiro medalhista de ouro do Comitê Paralímpico filipino durante os Para-Jogos Asiáticos de 2018, que aconteceu na Indonésia.

Cristão, o nadador costumava culpar Deus pela sua deficiência. No entanto, uma colega de equipe de Gawilan, Rose Charlize Bustos, disse que ele encontrou Deus através da natação.

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